Sejam bem-vindos!

Amigos,
Duas vezes por mês deixarei um pequeno artigo sobre coisas que a tradição, a sabedoria popular, a imprensa, as frases prontas e os clichês nos fizeram acreditar!
Os textos anteriores ficarão em três pastas: "Vamos aos Fatos", "Deixe o Cara" e "Atualidades". Sugiro ler os artigos a partir do primeiro; e à noite tem mais clima!
A intenção é lançar o tema para discussão. E a discussão pode ficar bastante interessante. A vantagem é que daí, pessoalmente não precisaremos falar nada sério. Espero que gostem, comentem sobre o tema, curtam, acrescentem, discordem, expliquem melhor, coloquem reflexões, frases... e indiquem aos amigos para que façamos um grupo aberto pensante.
PENSAR MAIS, ACREDITAR MENOS!
Divirtam-se, Carlos Nigro

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Amor - Parte 1: O amor é um sentimento humano!

“O amor é um sentimento humano!”
Você acredita mesmo nisso?
Amor - Parte 1



Primeiro era o Caos. Do Caos surgem Gaia (Terra), e Urano (o céu estrelado) agarrado a Gaia como se fosse uma segunda pele numa relação intensa, profunda e contínua. Tudo em harmonia, integrado, em unidade, completo; nada faltava - a eternidade. Da separação dolorosa entre Gaia e Urano surge o Espaço e nasce Cronus (Tempo). O futuro se abre. A história começa.



Durante a vida intra-uterina; o feto, a mãe, o líquido amniótico; tudo está integrado, junto, numa relação intensa, profunda e contínua. Tudo em harmonia, integrado, em unidade, completo; nada falta. Para o feto não existe espaço, não existe tempo. O Paraíso; a eternidade. Da separação dolorosa entre feto e mãe surge o Espaço que contém todos os seres e coisas e é campo de todos os eventos; e nasce o Tempo. O futuro se abre. A história começa.




Sexo era (ou é) uma luta. Ora a mulher (M) escolhida não queria e tinha que ser estuprada, ora tinha primeiro que brigar e até matar outro homem (H) que também desejasse a mesma M, caçar outra M; e elas sempre preferiam os poucos H alfa.
Para facilitar o sexo e ter menos despesas cada H resolveu ter a sua própria M. Eles as protegiam dos outros H e dos mamutes, e traziam comida; em compensação elas tinham que estar disponíveis para o sexo sempre que quisessem e cuidar dos seus filhos.
Como para o H é dispendioso sustentar o filho de outro H, ele sente ciúmes de traição sexual. A M sente ciúmes do envolvimento emocional que diminuiria a proteção e o cuidado.

A M que tivesse outras relações faria com que este H a protegesse por não saber se era seu filho. O H que tivesse outras relações espalharia seus genes e não precisaria sustentar. A traição fazia sentido para os doisO instinto sexual voltado ao bem estar da espécie, não do indivíduo.
A monogamia e a preocupação com a fidelidade da M surgiram da necessidade de que os filhos fossem realmente do H que os sustentavam. A monogamia e a preocupação com a fidelidade do H surgiram da necessidade da manutenção do sustento. Pensando bem, a monogamia e a fidelidade foi bom para os dois! O instinto sexual dominado para o bem estar do indivíduo, não da espécie.

Assim, naturalmente, surge a família!





O aparecimento da família teve como conseqüência o início do vínculo sentimental entre o H e a M, e entre pais e filhos - não foi o contrário.
Este sentimento evoluiria culturalmente até se tornar o que chamamos de amor. E o amor fortaleceu a família. E os dois fortaleceram a vida em sociedade.

Fortaleceu a sociedade porque nos reconhecemos no outro. Isso explica a compaixão e a identificação de uns com os outros compartilhando dores e alegrias, uns dos outros. Se eu firo você, estou prejudicando meu próprio ser último. É a compaixão, não a razão que é o fundamento da ética e do amor nas relações interpessoais.
Mas o amor é uma questão de sentimento e não de vontade, e não posso amar porque quero ou devo. Na falta de ética e de amor, devemos não fazer mal aos outros por uma questão moral.


Não, o amor não é um sentimento humano. Não faz parte da natureza humana. Antes da família já éramos humanos e sem amor. O amor nos fez melhor.

O amor é o assunto mais íntimo, mais forte, mais agradável!

“O amor requer muita dedicação!”
Existe alguma coisa errada com o amor. Vamos destrinchar?


No útero o aconchego era máximo e não sabíamos nada. Assim, tudo era paz, harmonia, completude, único, num prazer contínuo.
A partir do momento que nascemos, passamos a desejar a harmonia e a eternidade perdida.
Para alguns é o sentido da vida: a busca pelo paraíso perdido.

Assim, carentemente, surge o AMOR!

“All you need is love”.
Você acredita mesmo nisso?