Sejam bem-vindos!

Amigos,
Duas vezes por mês deixarei um pequeno artigo sobre coisas que a tradição, a sabedoria popular, a imprensa, as frases prontas e os clichês nos fizeram acreditar!
Os textos anteriores ficarão em três pastas: "Vamos aos Fatos", "Deixe o Cara" e "Atualidades". Sugiro ler os artigos a partir do primeiro; e à noite tem mais clima!
A intenção é lançar o tema para discussão. E a discussão pode ficar bastante interessante. A vantagem é que daí, pessoalmente não precisaremos falar nada sério. Espero que gostem, comentem sobre o tema, curtam, acrescentem, discordem, expliquem melhor, coloquem reflexões, frases... e indiquem aos amigos para que façamos um grupo aberto pensante.
PENSAR MAIS, ACREDITAR MENOS!
Divirtam-se, Carlos Nigro

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Parte 2: Dívida histórica dos brancos para os negros







Racialista: Espero que vocês tenham entendido o que é raça. Hoje explicarei a dívida histórica dos brancos para com os negros.


Blog: Do que se trata esta dívida?

R: Ora! É a dívida dos brancos que escravizaram os negros africanos.


B: Mas a escravidão existe no mundo inteiro (Europa, Oriente Médio, África, América) há milênios. A escravidão sempre foi a regra, não a exceção. (1)
Inclusive a escravidão dos negros africanos pelos muçulmanos foi muito maior (a maioria mulheres para escravas sexuais, os homens eram castrados) que a do continente americano (a maioria homens para o trabalho escravo). (2)
E, comprovadamente, os negros africanos escravizam outros negros africanos e vice-versa desde o sec. VII d.C até hoje(3)

RSim, mas os brancos sequestraram os negros da África.


BO termo sequestro é inapropriado. Sabemos que eles foram comprados de negros africanos donos de escravos: o famoso comércio negreiro. Brancos e negros usufruiram da mão-de-obra escrava. Até o princípio do século XX, o escravo era o principal item de exportação da economia africana. (4)

RMas temos que condenar veementemente os brancos europeus e americanos que foram donos de escravos.


BFoi a cultura ocidental (europeia, cristã, “branca”) que teve a ideia de acabar com a escravidão mesmo contra os interesses dos negros escravagistas africanos. (4)

RTemos que ter cabeça aberta. É outra cultura, outra realidade. Defendemos o multiculturalismo.


BE os negros brasileiros que foram donos de escravos?

RCondenamos apenas os brancos.
Como você não dá conta do genocídio, do crime hediondo que foi a escravidão brasileira! - Miriam Leitão, jornalista de economia.


BNão houve genocídio. Na economia e no comércio escravagista os escravos eram mercadorias, valiam dinheiro e ninguém jogava dinheiro fora. Os escravos para exercerem o trabalho pesado tinham de ser bem cuidados e estimulados à reproduzir (gerava mais escravos) - isso é o oposto de genocídio!
Atualmente classificamos, corretamente, a escravidão como crime hediondo. Mas, como vimos, a escravidão foi a regra na história da humanidade (1,2,3,4) e não faz o menor sentido aplicar categorias normativas atuais a outra era histórica. Eu acreditava que fosse dispensável dizer, mas os homens e as mulheres do passado pensavam, agiam e viviam de maneira diferente. Olhar o passado com o que sabemos hoje é matéria de sabedoria; julgá-lo com esses instrumentos é produzir obscurantismo.
Legislar retroativamente com vistas a compensar ações que não eram, nem tinham como ser consideradas criminosas no passado equivale, entre outras coisas, a um sentimento totalitário de prepotência, à idéia de que, de alguma maneira, o passado pode ser alterado, corrigido, punido ou compensado. Os escravos que existiram e morreram, bem como os senhores ou traficantes, fossem eles africanos, brasileiros, árabes, otomanos, bizantinos, chineses, mongóis, persas, aztecas etc., que também viveram e já morreram estão além e a salvo da justiça ou injustiça dos viventes. - Demétrio Magnoli.

RDiscordo totalmente. Nós temos que corrigir, punir e compensar pelas coisas erradas que aconteceram no passado, mesmo sem ter sido consideradas erradas na época.


BVocês também condenam os regimes escravagistas atuais ou só os do séc. XIX? Regimes totalitários do séc. XX usaram escravos; os nazistas...

R(interrompendo) Sim, é claro; seus campos de concentração, genocídios, suas fazendas e fábricas com mão-de-obra escrava e muitas outras atrocidades que gostaria de discorrer em outra oportunidade.


BE sobre os regimes comunistas com seus campos de concentração, genocídios, suas fazendas e fábricas com mão-de-obra escrava e muitas...

R(interrompendo) Eles estavam construindo um mundo melhor.
E lá se foram 45 anos. Quanto tempo deveria levar esta construção?
Até a instalação total do comunismo.


BAtualmente, séc. XXI, na Coréia do Norte e em Cuba, seus cidadão não tem liberdade para sair do país, não podem ler ou dizer o que quiserem, são obrigados a trabalhar onde mandam; são presos, castigados e fuzilados se se insurgirem contra o sistema comunista ou se tentarem fugir... (5)

RMas são muito bem cuidados e felizes: tem assistência médica, aprendem a ler e a escrever, o governo escolhe os livros e as informações adequadas para seus cidadãos...


BExatamente como faziam os senhores de escravos.
Vocês condenam os países africanos como Sudão e Mauritânia onde existem milhões de escravos negros ATUALMENTE?

RTemos que aprender a respeitar as outras culturas, não podemos julgar as outras culturas com base em nossos valores - este é um do princípios do multiculturalismo.


BEntendi. A escravidão não é um mal em si. Em alguns casos é justificável por estar dentro de um processo revolucionário para um mundo melhor ou por fazer parte da cultura local atualmente. Temos que corrigir, punir e compensar a escravidão que fez parte da cultura mundial no século retrasado. (6)

RÉ.


BDepois puniremos os negros que escravizaram outros negros, os portugueses por terem matado índios, os índios por terem vencido guerras e terem matado e canibalizado outros índios; os ingleses por terem roubado o ouro português; americanos, russos, alemães, italianos, japoneses, chineses, tibetanos (para quem não sabe, o atual Dalai Lama tinha 30 mil servos analfabetos à disposição em seu palácio até serem conquistados pela China), árabes, bárbaros, mongóis, aztecas, romanos, gregos, egípcios, sumérios... Os próprios negros que foram escravizados na África e vendidos para o Brasil são descendentes de tribos escravagistas e dos egípcios que escravizaram os judeus.
Onde está a tribo, a nação dos homens bons? Quem são aqueles a quem todos os outros (maus) devem indenizar? (7)

RO marco inicial tem que ser a escravidão no Brasil. O que aconteceu antes não nos interessa. (8) Queremos apenas indenizar os negros brasileiros pelo que os brancos brasileiros fizeram.


BMuitos negros emigraram e continuam emigrando para o Brasil após o final da escravidão, logo eles estão fora das cotas?

RNão. Eles estão contemplados nas cotas.


BMas...

R(interrompendo) Eu já disse, eles estão nas cotas.


BOs descendentes de negros que tiveram alforria e logo depois compraram escravos negros estão fora das cotas?

RNão. Eles estão contemplados nas cotas.


BMas...

R(interrompendo) Eu já disse, eles estão nas cotas.


BE os descendentes de italianos, alemães, japoneses, poloneses que emigraram para o Brasil exatamente devido ao fim da escravidão - chegaram sem nada porque passavam fome em seus países...

REles são brancos, por isso têm que pagar a dívida.


BMas você não disse que, para facilitar a indenização por escravidão, o início seria a escravidão no Brasil?

REu já disse, eles têm que pagar a dívida porque são brancos.


BSabemos que 90% dos brasileiros (com pele branca, mestiça ou negra) tem ancestralidade europeia (DNA). Logo não importa se a pessoa que será indenizada seja descendente de escravizadores e também de escravizados?

RAs coisas seriam muito mais fáceis se tivessem proibido as relações sexuais entre pessoas de raças diferentes.


BComo que é?

RDesculpe, pensei alto.


BTá. Pelo que entendi a dívida histórica não tem relação nem com os descendentes daqueles que escravizaram e nem com os que foram escravizados no Brasil. A “dívida histórica” é mais uma ideia imaginária entre opressores e oprimidos - faz parte de uma ideologia.
Reconhecer efetivamente quem são os descendentes de cada lado não importa. O importante é que os negros tenham privilégios porque... sim.
Mas daí caímos no tema da primeira entrevista onde vimos que as raças...

R(interrompendo) Não gostaria de falar mais sobre este tema já tratado.
O que é mais importante enfatizar é que temos que fazer alguma coisa para mudar esta situação. Lutamos por Justiça Social, para acabar com as Desigualdades, com a exploração Capitalista; sim, “um outro mundo é possível”.


Ideia Central:
“Dívida histórica” de uma “raça” ou de um povo para com o outro é um conceito imaginário, que não se pode definir.
A “dívida histórica” seria dos descendentes dos escravizadores para com os descendentes de escravos.
Os brasileiros são miscigenados, descendentes de ambos.
“Dívida histórica” é um conceito ideológico. 


Na próxima parte da entrevista vamos entender porque o Brasil é um país racista e as medidas que o governo com apoio de ONGs brasileiras e internacionais apoiadas pela ONU vem implementando.



Notas:

(1)
Por Demétrio Magnoli - Uma Gota de Sangue:
A escravidão foi, durante milênios e até há cerca de dois séculos, a regra, não a exceção, no mundo inteiro. Populações de todo o tipo foram escravizadas pelos mais variados agentes. A própria palavra “escravo” se refere originalmente aos eslavos cativos (ancestrais dos atuais russos, poloneses, iugoslavos etc.) que eram vendidos, durante a Idade Média, nos mercados de Bizâncio e do Oriente Médio muçulmano. Todas as civilizações antigas (Grécia, Egito...) ou medievais se valeram do trabalho escravo, incluindo as pré-colombianas da Meso-América, que, antes da chegada dos europeus, faziam prisioneiros de guerra entre as demais tribos ou civilizações locais não apenas para submetê-los ao trabalho forçado, mas também para sacrificá-los no alto de suas pirâmides e, em seguida, consumir canibalisticamente sua carne.

(2)
Por Olavo de Carvalho:
O número de escravos transportados para os países árabes e para o Ocidente não foi de onze milhões de cada lado, mas, segundo as fontes mais atualizadas, foi de nove a dez milhões para cá e de quinze a dezessete milhões para lá. 
Como o aprisionamento de escravos entre os séculos XVI e XVIII foi monopólio dos árabes e de algumas tribos africanas, e como obviamente o escravo não se torna escravo quando é vendido, mas sim desde o momento mesmo em que é aprisionado, torna-se claro que praticamente todos os que foram vendidos aos europeus tinham sido, antes disso, escravos de muçulmanos. Estes aparecem, portanto, como os maiores tiranos escravagistas de todos os tempos, responsáveis pelo aprisionamento e escravização de algo entre 25 e 28 milhões de pessoas, das quais venderam aproximadamente um terço ou pouco mais aos europeus.
Além de serem campeões absolutos do aprisionamento e venda de escravos, os verdadeiros criadores do tráfico escravagista organizado em escala continental e transcontinental, os muçulmanos foram também os pioneiros na criação de doutrinas racistas que justificavam a escravização dos negros por conta da uma pretensa inferioridade natural que chegava a excluí-los da espécie humana. Essas doutrinas eram voz corrente entre as elites árabes desde pelo menos o século XI, setecentos anos antes de se disseminarem na Europa, onde só penetraram, aliás, no preciso momento em que se levantavam, para enfrentá-las vitoriosamente, as primeiras idéias abolicionistas, às quais o mundo islâmico permanece imune até hoje.
Cruzar o oceano num porão infecto de navio, amontoados no chão entre ratos e baratas, foi para os escravos que vieram para a América uma experiência indescritivelmente cruel, mas como compará-la à de atravessar a pé um continente inteiro, amarrados uns aos outros por ferros e cangas que os rasgavam e sangravam, sob o sol esturricante e o chicote do feitor? A mortalidade nas caravelas era alta, mas a do tráfico muçulmano era incomparavelmente maior – sem contar o fato de que, para a maioria dos escravos machos, ser levados para as nações árabes em vez de atirados ao porão de um navio português ou espanhol equivalia a uma condenação à morte, já que os esperava ou a execução sumária (os árabes estavam interessados era em mulheres e crianças), ou a castração, da qual, segundo Richard Burton, sobrevivia um para cada duzentos, ou, na mais branda das hipóteses, o alistamento obrigatório num corpo de exército, logo enviado para morrer no Exterior.

Tráfico de escravos no Islam:
1) Livros

BAEPLER, Paul (ed.), White Slaves, African Masters. An Anthology of American Barbary Captivity Narratives, Chicago and London, Chicago University Press, 1999.
BILÉ, Serge, Quand les Noirs Avaient des Esclaves Blancs, Saint-Malo, Pascal Galodé, 2008.
CHEBEL, Malek, L’Esclavage en Terre d’Islam. Um Tabou Bien Gardé, Paris, Fayard, 2007.
DAVIS, Robert, Christian Slaves, Muslim Masters: White Slavery in the Mediterranean, the Barbary Coast, and Italy, 1500-1800, New York, Palgrave Macmillan, 2004.
GORDON, Murray, L’Esclavage dans le Monde Arabe, Paris, Robert Laffont, 1987.
HAMMOND, Peter, Slavery, Terrorism and Islam, Cape Town (South Africa), Christian Liberty Books, 2005.
HEERS, Jacques, Les Négriers en Terre d’Islam, VIIe-XVIe Siècle. La Première Traite des Noirs, Paris, Perrin, 2003.
LAL, Kishori Saran, Muslim Slave System in Medieval India, Columbia (Missouri), South Asia Books, 1994.
LUGAN, Bernard, Afrique, l’Histoire à l’Endroit, Paris, Perrin, 1989.
LUGAN, Bernard, Histoire de l’Afrique. Des Origines à nos Jours, Paris, Ellipses, 2010.
MILTON, Gilles, White Gold. The Extraordinary Story of Thomas Pellow and Islam’s One Million White Slaves, New York, Farrar, Straus and Giroux, 2004.
N’DIAYE, Tidiane, Le Génocide Voilé. Enquête Historique, Paris, Gallimard, 2008. 
NAZER, Mende, Slave. My True Story, New Yor, Public Affairs, 2003.
PETRÉ-GRENOUILLEAU, Olivier, Traites Negrières. Essai d’Histoire Globale, Paris, Gallimard, 2004.
SEGAL, Ronald, Islam’s Black Slaves. The Other Black Diaspora, New York, Farrar, Straus and Giroux, 2001.
YE’OR, Bat, Les Chrétientés d’Orient entre Jihâd et Dhimmitude, VIIe-XXe Siècle, Paris, Les Éditions du Cerf, 1991.
YE’OR, Bat, The Dhimmi. Jews and Christians under Islam, London and Toronto, Associated University Presses, 1985.

2) Artigos interessantes disponíveis na internet:

SPENCER, Robert, “Slavery, Christianity, and Islam”, http://www.firstthings.com/onthesquare/2008/02/slavery-christianity-and-islam
KEENER, Craig, “Christianity, Islam and Slavery”, http://www.answering-islam.org/ReachOut/ckeener.html
GRABMEIER, Jeff, “When Europeans Were Slaves”, http://researchnews.osu.edu/archive/whtslav.htm
HAMMOND, Peter, “The Scourge of Slavery: The Rest of the Story”, http://www.christianaction.org.za/articles_ca/2004-4-TheScourgeofSlavery.htm
BANDA, Brother, “An African Asks Some Disturbing Questions of Islam”, http://debate.org.uk/topics/trtracts/t12.htm
GREEN, Samuel, “Islam and Slavery”, http://answering-islam.org/Green/slavery.htm

3) Vídeos:
La traite negrière arabo-musulmane: http://www.youtube.com/watch?v=_69SYY8O9cY&feature=related 
L’esclavage des noirs par les arabes: http://www.youtube.com/watch?v=yZaphlEBaRo&feature=related
Esclavage islamique sur les populations africaines: http://www.youtube.com/watch?v=iVIglDEKVIc&feature=related
L’esclavage arabo-musulmane en Afrique noire: http://www.youtube.com/watch?v=CWhWQwJI8QE&feature=related

Veja mais nos livros de referência indicados neste vídeo a partir de 5’30’’: http://www.youtube.com/watch?v=2AEnOzEiFhc

(3)
Por Paul. E. Lovejoy, historiador da escravidão africana:
Europeus escravizaram europeus, asiáticos escravizaram asiáticos, americanos pré-colombianos escravizaram americanos pré-colombianos e africanos escravizaram africanos. Ainda nos séculos 18 e 19, piratas do norte da África capturavam regularmente navios europeus ou americanos e vendiam suas tripulações e passageiros nos seus mercados de escravos. O tráfico transatlântico, do qual participaram membros das mais diversas etnias, línguas e confissões, foi, sem dúvida, uma das maiores empreitadas escravistas, mas o tráfico negreiro rumo às terras islâmicas não foi menor e perdurou por mais tempo. Hoje mesmo ainda há milhões de escravos em países como o Sudão e Mauritânia - estes países estão na África!

(4)
Por Demétrio Magnoli Uma Gota de Sangue:
As guerras entre Estados africanos tornaram-se mais comuns nas áreas sob a influência dos empórios negreiros, pois a captura e escravização passaram a figurar como fontes essenciais de riqueza para as chefias. As guerras crônicas entre os ashantis e os acans forneceram, para as chefias de ambos os lados, muitos dos cativos que foram vendidos como escravos nos empórios da Costa do Ouro. Entre 1814 e 1816, os ashantis conduziram uma sangrenta guerra contra uma coalizão dos akins e akwapis para recuperar acesso a portos marítimos e, desse modo, aos traficantes europeus. No Congo, a população escrava chegou a representar cerca de metade do total. O reino Ashanti, que dominou a Costa do Ouro por três séculos, tinha na exportação de escravos sua maior fonte de renda. Os chefes do Daomé tentaram incorporar seu reino ao império do Brasil para vender escravos sob a proteção de d. Pedro 1º. Em 1840, o rei Gezo, do Daomé, declarou que “o tráfico de escravos tem sido a fonte da nossa glória e riqueza”.
Em 1872, bem depois da abolição do tráfico, o rei ashanti dirigiu uma carta ao monarca britânico solicitando a retomada do comércio de gente. A conexão africana no sistema internacional de comércio de escravos pesa como uma rocha em certos países da África. “Não discutimos a escravidão”, assegura Barima Kwame Nkye XII, um chefe supremo do povoado ganes de Assin Mauso, enquanto Yaw Bedwa, da Universidade de Gana, diagnostica uma “amnésia geral sobre a escravidão”.
A “amnésia” concerne, especialmente, ao papel desempenhado pelos chefes ashantis, cujos descendentes continuam a ocupar lugares destacados na sociedade ganesa. Uma história oficial procura estabelecer uma distinção absoluta entre a escravidão tradicional, descrita como mais ou menos benevolente, e o tráfico internacional, que é atribuído exclusivamente aos europeus. Contudo, em algumas regiões africanas, descendentes de escravos não têm, até hoje, o direito de herança.
Por Reinaldo Azevedo, jornalista e blogueiro:
Informações que dizem respeito à história do Brasil e da África estão sendo tratadas por alguns oportunistas como manifestações do “negacionismo”.  Recorrem a tal expressão para tentar estabelecer um paralelo absurdo, estúpido, descabido, entre os que se opõem ao sistema de cotas exclusivamente raciais. Combater as cotas, assim, seria sinônimo de negar a escravidão. É uma barbaridade! Coisa de vigaristas! E o mais escandaloso é que isso está sendo feito em nome da democracia.

(5)
Por Demétrio Magnoli:
Regimes comunistas, como Coréia do Norte e Cuba, escravizam suas populações ainda hoje. Para quem não sabe os cubanos são aprisionados em uma ilha, para sair eles tem que fugir de barco ou desertar após atividades esportivas ou sendo médicos após irem trabalhar em outros países. O único meio de informação é o jornal do governo fartamente distribuido que serve para limpar o bumbum depois de fazer as necessidades porque não existe papel higiênico. As outras barbaridades ficam para outro dia. É curioso, portanto, ver aqueles que ou fazem a apologia ou simplesmente fecham os olhos à escravização de toda a população cubana - e da Coréia do Norte) - culparem pessoas inocentes pela escravização de gente morta há mais de um século.
A campanha contra o trabalho escravo foi uma iniciativa de europeus e americanos, principalmente cristãos ingleses como William Wilbeforce. 
A liberdade de expressão que as inúmeras propostas do governo Lula fazem de tudo para tolher permitiu, por exemplo, todas as campanhas abolicionistas na Europa, Estados Unidos e Brasil; sem ela é bem provável que a escravidão teria perdurado por mais tempo. A bem dizer, uma das liberdades confiscadas ao escravo é a de se expressar.

(6)
Por Demétrio Magnoli:
A escravidão mais perigosa e perniciosa não é aquela abolida há um século ou mais, mas, antes, aquela que já existe e aquela que segue nos ameaçando com seu retorno iminente em cada ato ou ação que corrói e enfraquece a democracia. Quem quer que tente impedir a livre expressão das opiniões alheias não está, de modo algum, compensando ou remediando a escravidão passada, mas, sim, instaurando a futura. Por sorte, e ao contrário do que sucede com a escravidão do passado, esta é uma luta contra a qual todos os homens de bem podem  - e devem - lutar.

(7)
Por Olavo de Carvalho:
Rousseau imaginou - e acreditaram - que os selvagens eram os homens bons. Até o dia em que a Europa conheceu os aztecas e os índios americanos. A história da civilização Ocidental e da África é a história das guerras e conquistas que, a partir do séc. XIX, contaminou a civilização oriental.

(8)
A política de cotas — para poder atropelar a ordem legal, para poder aviltar o princípio da igualdade previsto na Constituição, para poder incentivar o confronto de supostas raças distintas — precisa estar assentada numa idéia de culpa; ela precisa de um mito fundador: os brancos que há hoje seriam descendentes dos brancos subjugadores, e os negros que há hoje seriam os descendentes dos negros subjugados. Assim, os primeiros compensam os segundos. Ainda que os brancos pobres — que vêm a ser a esmagadora maioria — e nem os ricos(!) não sejam, de nenhum modo, herdeiros do mandonismo dos senhores de engenho. O fato de que negros foram escravizados antes por negros — e, portanto, uma idéia de reparação baseada “naqueles séculos de opressão” teria de encontrar seus alvos também na “Mãe África” — é insuportável porque desfaz aquele mito fundador. Então se acusa a verdade de “negacionista”; então se acusa quem lida com os fatos de ser, sabe-se lá, “reacionário”… No Brasil a escravidão ainda existia e nosso maior escritor - Machado de Assis - já era mulato!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Parte 1: Raças Humanas


Entrevista exclusiva com os maiores especialistas e defensores do racialismo no Brasil.





Blog: Você é racista?

Racialista: Não, sou racialista.


BQual é a diferença?

R: Racista é aquele que defende privilégios para brancos e não gosta de negros e índios. Racialista é aquele que defende privilégios para negros e índios.


BO racialista gosta dos brancos?

R: Temos forte desconfiança dos brancos. “Ser branco, na sociedade brasileira, implica ter privilégios em detrimento dos direitos dos negros em geral”. - ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, no programa “Bom dia, Ministro” (11/06/2011).


BA pessoa simplesmente por ter pele branca retira direitos da pessoa negra?

R: Sim.


BPor isso o ser negro deve combater o privilégio do ser branco?

R: Não foi isso que eu disse.

Carta Constitucional; inciso 42 do Artigo 5º;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
A Lei, no caso, é a 7.716, de 1989, que teve dois artigos alterados pela 9.459, de 1997. O Artigo 20 proíbe:
“Praticar, induzir ou
incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.”


BQuais são os privilégios que o ser branco tem?

R: O ser branco tem dinheiro!


B50% dos brasileiros são brancos. Mas a grande maioria é pobre. Qual o privilégio que o branco pobre tem sobre o negro pobre?

R: É difícil de explicar.


BEntendo. Por isso a adoção de leis raciais, corrijo, racialistas no Brasil?

R: Sim.


BDesta forma não ocorrerá o contrário? O negro pobre terá privilégios sobre o branco pobre?

R: Sim, para compensar o privilégio de ser branco.


BQual é mesmo este privilégio?

R: É difícil de dizer.


BMas a genética provou que NÃO EXISTEM RAÇAS na espécie humana. (1)

R: O que queremos dizer é: pessoas negras, de origem africana.


BOs genes que determinam a cor da pele de uma pessoa são uma parcela ínfima do conjunto (assim como são os genes que definem cabelo, formato do nariz, cor dos olhos...). (2) Pode haver mais variação genética entre pessoas de uma mesma cor do que entre indivíduos de cores diferentes.

R: Mas não podemos negar que a genética define se uma pessoa é negra ou branca.


BDesculpe, mas podemos e devemos negar sim. Gêmeos bivitelinos podem ter cores diferentes. (ver fotos acima e abaixo)

R: O que queremos dizer é que os negros são mais africanos, os brancos são mais europeus, os índios são do Brasil mesmo, certo?


BNão quero ser indelicado, mas errado. A genética provou que, no Brasil, não faz sentido considerar que pessoas de pele branca têm origem europeia e pessoas de pele negra, africanas. A ancestralidade dos brasileiros é relativamente uniforme. (3)



Foto Luis Alvarenga/Ag. O Globo








R: Negros são negros. Brancos são brancos.


BMesmo não existindo raças e, geneticamente, uma pessoa de pele branca poder ser mais parecida com uma de pele negra do que com uma de pele branca, vocês gostam de enfatizar NEGROS e BRANCOS.

R: É para melhor classificar as pessoas e enfatizar que a maioria negra é discriminada pela minoria branca.


BO Brasil tem, segundo o censo 2010, 6,3% de pessoas com pele negra, 43,2% são mestiços, 49,9% brancos, índios são 0,4% e amarelos são 0,5%.
Vocês consideram os mestiços como negros?

R: Sim, é claro.


BPor que um mestiço, com descendentes brancos e negros, é negro e não branco?

R: Porque basta ter uma gota de sangue negro para ser negro - negra é a raça que predomina.


BAh! sim. Vocês adotam o mesmo critério que os brancos do extinto apartheid da África do Sul usavam. (4)

R: Deixe eu te expicar melhor. A miscigenação no Brasil ocorreu porque as mulheres negras sempre foram estupradas por homens brancos; logo os mestiços são negros.


B“Cinco ou dez por cento de mestiços no Brasil talvez pudessem justificar a imposição do branco somente pela violência e pelo estupro durante a escravidão (até o séc. XIX). Mais de 40% de mestiços e 90% dos brasileiros com ancestralidade europeia sugerem um forte impulso para integração e miscigenação- Ali Kamel. (5)

Somos uma sociedade que se desenvolveu menos pela consciência de raça...- Gilberto Freyre. (6)

A influência do negro penetrava sinuosamente o recesso doméstico, agindo como dissolvente de qualquer ideia de separação de castas ou raças, de qualquer disciplina fundada em tal separação- Sérgio Buarque de Holanda. (7) É a relação - muito presente no Brasil (até atualmente) - de carinho, às vezes de amizade, entre patrão e empregados (principalmente nas casas e fazendas).

R: Quero explicar melhor. “É a condição social que determina a classificação de negro e branco”; porque a condição social dele é devido ao preconceito por causa da cor da pele, entendeu?


BEntendi. O negro ou o mestiço que tem dinheiro, que não sofreu ou venceu o preconceito não é um negro autêntico. Os que são pobres, são pobres por causa do preconceito e, por isso são negros; é isso?

R: Mais ou menos.


BComo definir quem é branco e quem é negro numa sociedade, como vimos, miscigenada como a brasileira?

RA própria pessoa define se é negra ou branca. (Critério utilizado no Censo e nas inscrições para as faculdades que tem cotas).


BMas a pessoa pode se auto-proclamar negra para receber os benefícios das cotas. (8)

R: Para resolver este problema criamos o TRIBUNAL RACIAL (na Universidade de Brasília) - logo criaremos outros por todo o Brasil. Nele, os "juízes", diante de fotografias dos candidatos, dão a sentença: este é negro, este é branco.


BO Estado define a cor, “a raça”, de cada pessoa?

R: Sim. (9)


BMas este “tribunal racial” sentenciou, num caso de jóvens gêmeos idênticos (univitelinos) candidatos à Universidade de Brasília, que um era negro e outro branco.







R: Ainda estamos no começo, ainda há muito o que fazer. Os juízes do tribunal precisam de mais treinamento.


BMas foi a mesma comissão de juízes analisando as fotos. (10)

R: Vou te explicar melhor. Não é tão simples como você pensa definir quem é negro. Ser negro é mais que uma questão de pele.


BSim, concordo, é difícil.
Mas não entendi a sua frase: “ser negro é mais que uma questão de pele”. Como assim?

R: O TRIBUNAL RACIAL entrevista o candidato a negro. Avaliaremos se ele tem consciência negra, atitudes de negro (11) e se disser que já foi vítima de preconceito racial, melhor.


BPor isso vocês inventaram o “dia da consciência negra”? (feriado em diversas cidades do Brasil, inclusive São Paulo)

R: Sim. Para o negro aprender a ter consciência de que é negro e para o branco ter consciência de que não é negro; para despertar o sentimento de raça (em ambos); para despertar um sofrimento histórico causado pelos brancos que escravizaram negros 120 anos atrás; para pertencer a um grupo (dos negros bons ou dos brancos maus); para dar um sentido à sua vida; para aprender a se portar como um negro; para aprender a raciocinar como um negro e para receber os benefícios e privilégios estatais por ser negro. Nós e muitas ONGs do Brasil e internacionais com apoio da ONU trabalhamos para isso. (12)


BQuem são, exatamente, os alvos desta campanha estatal?

R: SÃO OS NEGROS que vivem suas vidas como se nada disso tivesse ocorrido, que convivem com brancos como se fossem iguais e sem o menor ressentimento, que estudam e trabalham sem exigir compensações e benefícios do Estado, que não se apóiam nas ONGs e nos grupos negros para progredir, que não sabem que as dificuldades que enfrentam durante a vida são por causa dos preconceitos e da discriminação.


BSão estes que vocês chamam de “negros de alma branca”? (13)

R: Sim, negros sem consciência negra e sem atitude negra. (14)


BEntendi. A pessoa que nasce mestiça ou negra está obrigada a defender esta pauta, com um conteúdo e escolhas ideológicas feitas. Se não defender a pauta negra o classificamos como um negro sem consciência e sem atitude e, por isso, menos negro (“alma branca”), logo com menos direito às cotas raciais, por exemplo; porque daí ele estaria do outro lado - dos brancos (“que tiram direitos dos negros”), certo?

R: Perfeito - até eu entendi melhor.


BQual é a vantagem para a pessoa de pele negra ter consciência e atitudes de negro?

R: Isso se chama "consciência social"!


BÉ óbvio que a consciencia racial não visa beneficiar as pessoas, mas apenas os chefes das ONGs raciais e políticos que dependem do racismo para ganharem dinheiro e poder.

RLutamos por "responsabilidade social"!


BInteressante. Os racistas elogiam alguns “negros” com esta expressão - “negro de alma branca” - e vocês, racialistas, depreciam alguns negros com a mesma expressão.

R: Não nos compare aos racistas.


BExistem “brancos de alma negra”?

R: Não.


BE se o branco defender a pauta dos movimentos negros?

R: Ele continuará sendo branco. Ele que pense e aja como quiser, não temos nada com isso.


BOs negros devem pensar (consciência negra) e agir (atitudes) de acordo com seus representantes raciais.

R: Certo.


BLiberdade para pensar e agir como indivíduo autônomo é coisa para brancos. O negro já nasce escravo desta causa. (15)

R: Não concordo com a palavra escravo. A liberdade do negro é seguir a pauta que já escolhemos para o próprio bem dele.


Ideia Central:
Só existe ESPÉCIE HUMANA.
Raças humanas NÃO existem.
Raça é um conceito ideológico.



Na 2a parte da entrevista entenderemos mais sobre a dívida histórica que os brancos tem com os negros.
Ei?! Você acredita mesmo nisso?!?



Notas:

(1)
Não existem raças na espécie humana. Raça é um conceito que mistura elementos de anatomia, de antropologia física, de genética, de etnologia, de geografia humana, de política e até de religião - História da Idéia de Raça (1933), livro de Eric Voegelin, apreendido pela Gestapo para que as pessoas continuassem enfeitiçadas pelo racismo.
A eficácia do termo na propaganda nazista e socialista depende precisamente de que esses elementos permaneçam mesclados e indistintos, formando uma síntese confusa capaz de evocar um sentimento de preconceito e de identidade grupal para fins ideológicos.

(2)
É como afirmar que existem a raça das ruivas, dos baixinhos ou a raça dos “loiros de olhos azuis”.

(3)
Como não existem raças humanas, para analisar o genoma os geneticistas consideram um conjunto de 40 variantes de DNA, os chamados indels (sigla de “inserção e deleção”) - são exatamente o que o nome sugere: pequenos trechos de “letras” químicas do genoma que às vezes sobram ou faltam no DNA. Cada região do planeta tem seu próprio conjunto de indels na população - alguns são típicos da África, outros da Europa. Dependendo da combinação deles no genoma de um indivíduo, é possível estimar a proporção de seus ancestrais que vieram de cada continente - genes europeus são brancos; genes africanos - os mais antigos, origem dos outros - são negros; orientais são amarelos e os do novo mundo (Américas e Austrália) são vermelhos (índios). Mais Aqui
De Belém (PA) a Porto Alegre, a ascendência europeia nunca é inferior, em média, a 60%, nem ultrapassa os 80%. Há doses mais ou menos generosas de sangue africano, enquanto a menor contribuição é a indígena, só ultrapassando os 10% na região Norte do Brasil.
Sérgio Danilo Pena, da UFMG, estudou moradores das capitais paraense e gaúcha, de Ilhéus (BA) e Fortaleza (compondo a amostra nordestina), Rio de Janeiro (correspondendo ao Sudeste) e Joinville (segunda amostra da região Sul). Ao todo, foram 934 pessoas. A comparação completa entre brancos, pardos e pretos (categorias de autoidentificação consagradas nos censos do IBGE) só não foi possível no Ceará, onde não havia pretos na amostra, e em Santa Catarina, onde só havia pretos, frequentadores de um centro comunitário ligado ao movimento negro.

Outros exemplos:


Daryan Dornelles

Fabiano Accorsi

Fabio Motta/AE


Alexandre Durao/Ag. O Globo



Evelson de Freitas/Folha Imagem




(4)
Na África do Sul, o critério era que para ser branco era preciso ser 100% branco - Uma Gota de Sangue, de Demétrio Magnoli.

(5)
Não somos racistas, de Ali Kamel.

(6)
Casa Grande & Senzala, Gilberto Freyre.


(7) 
Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda.


(8)
Uma pesquisa de geneticistas da Universidade Federal de Minas Gerais concluiu que 60% dos brasileiros que se declaram brancos têm ascendência indígena ou africana. Cientistas brasileiros encontraram em São Paulo indivíduos de fenótipo negro sem marcas genéticas africanas. Encontraram também o inverso.


(9)
Com a adoção dos Tribunais Raciais o Estado brasileiro admite que é um dever do Estado e de seus burocratas definir a raça de cada pessoa.
Para muitas pessoas “progressistas” também é dever do Estado definir quem é e quem não é ser-humano (Veja em Aborto).

(10)
Veja mais em:
http://academico.direito-rio.fgv.br/ccmw/images/e/e7/TDC_Aula_1_texto_6.pdf

(11)
Nos EEUU e agora sendo implementado no Brasil, o negro estudioso (mérito, competição) ou que fale português correto tem atitudes de branco. É preciso usar roupas, gesticulações e gírias de negros. Negro de sucesso é esportista ou artista. Para os racialistas, sucesso nos estudos ou em empresas é coisa de brancos. As ONGs e os noticiários estimulam esta ideia noticiando as atividades esportivas e as bandas de latas como ações afirmativas e de cidadania. Negro com sucesso nos estudos ou no trabalho não é notícia, exceto se tiver conseguido por meio das cotas.


(12)

O intelectual de "esquerda" a-do-ra a palavra "crítica", desde que não seja jamais criticado. Para ele, somente aqueles que foram devidamente doutrinados nas idéias esquerdistas são indivíduos "conscientes" e "críticos". Ocorre que a peculiaridade de pessoas que pensam assim é exatamente a completa incapacidade de raciocinar criticamente, isto é, de pensar por si mesmas, articular argumentos e formar juízos objetivos e imparciais sobre a realidade. Por isso o "Consciente crítico" NUNCA aceita trocar ideias com alguém que discorde de suas ideias. Consciente quer dizer inconsciente e crítico significa acrítico.

(13)

Machado de Assis (1839-1908), o maior escritor brasileiro de todos os tempos, é considerado por muitos um “negro de alma branca”. O jornalista Heraldo Pereira foi acusado de ser “negro de alma branca” pelo jornalista Paulo Henrique Amorim por não defender a pauta negra.

Interessante notar que, racistas e racialistas concordam que o talento e o sucesso pessoal no mundo intelectual são características de pessoas brancas.



(14)
Tentar explicar as diferenças intelectuais, de temperamento ou de reações emocionais pelas diferenças raciais é não apenas estúpido e imbecil como perigoso; corre-se o risco de atiçar artificialmente uma animosidade inter-racial que não existe no Brasil.

(15)
Indivíduos singulares tornam-se representantes de “raças”, ensinando a milhões de jovens a terrível lição de que seus direitos constitucionais estão subordinados a uma cláusula racial.







Geneticamente, não é possível conceituar raças. Pela aparência não é possível conceituar raças. Raça é um conceito que faz parte de uma ideologia?
SIM
NÃO (escreva por quê, mesmo de forma anônima, nos comentários)