Sejam bem-vindos!

Amigos,
Duas vezes por mês deixarei um pequeno artigo sobre coisas que a tradição, a sabedoria popular, a imprensa, as frases prontas e os clichês nos fizeram acreditar!
Os textos anteriores ficarão em três pastas: "Vamos aos Fatos", "Deixe o Cara" e "Atualidades". Sugiro ler os artigos a partir do primeiro; e à noite tem mais clima!
A intenção é lançar o tema para discussão. E a discussão pode ficar bastante interessante. A vantagem é que daí, pessoalmente não precisaremos falar nada sério. Espero que gostem, comentem sobre o tema, curtam, acrescentem, discordem, expliquem melhor, coloquem reflexões, frases... e indiquem aos amigos para que façamos um grupo aberto pensante.
PENSAR MAIS, ACREDITAR MENOS!
Divirtam-se, Carlos Nigro

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Constituição Cidadã



Realmente, nossa constituição (1988) NÃO garante a propriedade privada, pelo contrário, relativiza a PP.
"Quando a Constituição dispõe que um homem somente pode exercer propriedade se atender o bem comum, sendo esse um conceito fluido, efetivamente se está negando o direito desse homem de possuir propriedade privada.
O próprio sistema jurídico define propriedade como o direito de usar, fruir e dispor da coisa, além do direito de reavê-la de quem injustamente a possua ou detenha. Se esse uso, fruição e disposição do bem ficam subordinados à vontade e aprovação de BUROCRATAS do governo, sob o argumento de um bem comum volúvel e indefinível, então, de fato, o dono do bem é o estado, sendo o indivíduo mero detentor da coisa (nem mesmo possuidor ele é, pois acaba por exercer de fato o poder sobre o bem em nome do estado e nos termos deste).
Além disso, no Brasil, existe uma grande carga tributária sobre a propriedade
Logo, não existe direito de propriedade sobre imóveis no Brasil.

A população brasileira precisa se conscientizar deste abuso o mais rapidamente possível, de forma que seja restaurado o direito de propriedade no Brasil, com o fim da função social da propriedade e abolição de todo e qualquer imposto sobre propriedade, criando assim um sistema ético que servirá de base para o progresso individual de todos os brasileiros, em detrimento da casta parasitária da sociedade brasileira: os políticos e burocratas.”





A inspiração para nossa lei vem de Karl Marx (a partir de Rousseau) que via a propriedade privada e a família como obstáculos à uma sociedade igualitária onde todas as pessoas sejam, LITERALMENTE, iguais. Em A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado (1884) Marx defende o fim da família e da PP.





A Constituição de 1988 foi concebida visando atender aos interesses dos políticos, burocratas e os de sua base de sustentação (funcionários públicos); uma constituição IMORAL, ESCRAVAGISTA e FOMENTADORA DO ATRASO.
Para uma constituição fomentar o desenvolvimento social ela precisaria APENAS defender o direito à vida, à liberdade e à propriedade privada (aquilo q obtemos com o suor do próprio trabalho); cuidar da segurança jurídica e policial. (1)

Em vez disso, nossa constituição “social” garante que todos os nossos DESEJOS SÃO DIREITOS humanos, logo dever do estado.  Como o estado não produz NADA - apenas rouba de todos (impostos, expropriações são coercivos) - significa que é dever de alguns cidadãos sustentar outros cidadãos - obrigação de sustentar outras pessoas contra a própria vontade é a definir de ESCRAVIDÃO.

O artigo sexto da constituição define como “direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados…”.

ESCRAVOS são os que trabalham honestamente para sustentar seus senhores e escravos de corpo, mente e alma são aqueles que dependem dos seus senhores.

Neste arranjo nossos amados e idolatrados políticos, burocratas e funcionários públicos têm poderes DIVINOS, são deuses que impõe a “justiça social” para uma sociedade de pessoas livres e iguais.






MAS…
A ideia de criar uma sociedade justa é a causa da sociedade injusta. É o MAL, é a crueldade máxima.
É um conceito sem sentido, alienado. Todas as ideologias são jogos de palavras sem sentido, mas hipnotizantes - coitado do Cazuza que “queria uma ideologia para viver”.

Vou explicar melhor:

Sociedade Justa é uma figura de linguagem (metonímia) porque a virtude da Justiça só pode estar no ser que tem uma ação consciente e voluntária; só o ser humano pode ser justo ou injusto - a virtude sempre está e somente está no ser humano.

O termo “sociedade justa” se baseia na ideia de que toda sociedade natural é injusta. A própria sociedade não conseguiria resolver esta injustiça. Então o partido revolucionário dará um jeito na sociedade - em todos nós - para o nosso próprio bem. Esta elite agirá sobre todos nós, um poder sobre a sociedade. A classe dominante (o partido) é a casta dominante política e econômica. A outra classe é a igualitária. Uma classe manda e a outra obedece. Está criada uma sociedade de classes extremamente rígida e totalitária; sem possibilidade de mobilidade social - a coisa mais injusta que se possa imaginar, uma ideia totalmente maligna. A formação de uma sociedade de classes estanques (sem mobilidade social) é obrigatória para a criação de uma “sociedade justa”.

Não é um conceito real, pensável.  A sociedade não é um ser que tenha virtude. 
Em qualquer sociedade a maioria é virtuosa. Demoníaca é a idéia de transformar a sociedade injusta em justa. 
Admitindo-se que uma sociedade onde todas as pessoas tem direitos iguais (à VIDA, LIBERDADE e aos BENS conseguidos através de seu trabalho) é estruturalmente injusta a sociedade por si não pode ser salva. Precisa de uma brutal, totalitária, centralizadora, única força externa: econômica, justicialista e policial - o partido único.

Por isso “justiça social” - como todas as combinações com a palavra “social” não é um conceito pensável, não existe na realidade nem idealmente.





Constituições (2):

“A tradição francesa, mais preocupada com a afirmação de uma democracia baseada na igualdade, uma democracia influenciada por Rousseau, que considera que a propriedade privada é a origem de conflitos, desta forma enxergando no proprietário intrinsecamente uma natureza maléfica e agressora e no desprovido de propriedade uma essência bondosa e prejudicada que o Estado vai passando a ganhar legitimidade, através dos mecanismos e ferramentas democráticas (sendo a principal o voto majoritário), inaugura um constitucionalismo diferente do anglo-saxão.
Na Inglaterra e nos Estados Unidos o constitucionalismo não era um movimento preocupado com a afirmação da democracia igualitária, pelo menos em essência, mas sim da limitação do governo, do poder do soberano, isto desde a Magna Carta, que consolidou uma série de tradições do povo inglês, diminuindo o arbítrio do monarca. Em questão ética, esses dois países se fixaram mais na defesa do indivíduo perante o Parlamento, o Judiciário, o Executivo.
Mas, mesmo no constitucionalismo anglo-saxão, o indivíduo seria afirmado perante uma ordem estatal, que ou se comprometeria a se abster da ordem social, em determinadas circunstâncias, ou, no constitucionalismo francês-europeu, ela se comprometeria a garantir determinadas circunstâncias, assim interferindo na ordem social e, nos dois casos, o ser humano, de maneira perigosa, pode ser entendido como um meio.”
A dignidade humana só pode ser afirmada individualmente. E seres humanos livres, pois a dignidade da pessoa humana não pode se afirmar no coletivo, pois desta forma as pessoas passam a ser usadas como meios para a realização de fins coletivos.
Atualmente, direitos humanos são definidos como DEVERES de outros humanos.  Um direito humano só é legítimo se não obrigar deveres a outro ser humano; ou melhor deveres negativos: não matar, não roubar, não escravizar.
"Portanto, é justamente neste ideal da liberdade, da individualidade e do ser humano como um fim em si mesmo, da afirmação de sua capacidade individual de raciocínio que os Direitos Humanos deveriam ter se desenvolvido. Vivemos numa sociedade em que a ordem jurídica se apoia na divisão, e afirma as suas liberdades no contraste entre grupos antagônicos e desproporcionais, julgando que é necessário “lesionar” um para que instâncias opostas sejam favorecidas.
A Constituição Federal de 1988 é incapaz de trabalhar na afirmação do indivíduo e mesmo carregando em seu texto que um de seus princípios é a afirmação da Dignidade da Pessoa Humana, logo em seguida já afirma princípios como a função social da propriedade e, em seu direito infraconstitucional, a função social do contrato que ACABAM POR TRANSFORMAR indiretamente O SER HUMANO EM UM MEIO. Pois a propriedade privada representando uma extensão da personalidade da pessoa, acaba sendo usada como um meio, transformando o trabalho num meio, que não serve ao indivíduo, mas à sociedade.”
UMA SOCIEDADE JUSTA DE ESCRAVOS E SENHORES.





Referências:

(1)

"Se os empreendedores de uma determinada região não possuem recursos para fazer um investimento vultoso e altamente demandado pelos habitantes locais, certamente há empreendedores no resto do mundo que possuem. E, se estes tiverem a garantia de que poderão manter seus lucros, eles virão.
Se um determinado país está sem recursos para construir portos, aeroportos, estradas, sistemas de saneamento etc., certamente há investidores e empreendedores em algum ponto do globo interessados em ganhar dinheiro com este mercado. Basta apenas deixá-los livres para tal.
Se um país cria um ambiente de respeito à propriedade privada, permite a liberdade de comércio, incentiva o investimento estrangeiro, fornece plena liberdade às transações comerciais, e permite a acumulação de capital, metade da estrada para o progresso já foi percorrida.
Mas nada disso adiantará se a moeda do país for instável. E o motivo é simples.
Quando investidores investem — principalmente os estrangeiros —, eles estão, na prática, comprando um fluxo de renda futura. Para que investidores (nacionais ou estrangeiros) invistam capital em atividades produtivas, eles têm de ter um mínimo de certeza e segurança de que terão um retorno que valha alguma coisa.
Mas se a unidade de conta é diariamente distorcida e desvalorizada, se sua definição é flutuante, há apenas caos e incerteza. Se um investidor não faz a menor ideia de qual será a definição da unidade de conta no futuro (sabendo apenas que seu poder de compra certamente será bem menor), o mínimo que ele irá exigir serão retornos altos em um curto espaço de tempo.
Para países em desenvolvimento, que precisam de investimentos estrangeiros, essa questão da estabilidade da moeda é ainda mais crucial. E por um motivo muito simples: uma moeda estável cria as condições necessárias para a transferência de conhecimento. O conhecimento acompanha o investimento: o capital estrangeiro vem acompanhado de conhecimento estrangeiro.
Se um país desvaloriza continuamente sua moeda, ele está mandando um sinal claro aos investidores estrangeiros: "mantenham sua riqueza financeira e intelectual longe daqui; caso contrário, você irá perdê-la sempre que for remeter seus lucros".
O máximo a que um país de moeda fraca pode aspirar é utilizar para fins de curto prazo o capital puramente especulativo (o chamado "hot money") que entra no país à procura de ganhos rápidos com arbitragem. Adicionalmente, os melhores cérebros do país abandonarão as profissões voltadas para o setor tecnológico e irão se concentrar no mercado financeiro, especialmente no setor de hedge.
Quando a moeda é instável — ou passa por períodos de forte desvalorização —, os investidores preferem se refugiar em investimentos tradicionais e mais seguros, como imóveis e títulos do governo. Não há segurança para investimentos de longo prazo, que são os que mais criam riqueza.
Uma moeda instável desestimula investimentos produtivos. E, consequentemente, age contra o crescimento econômico.
Uma moeda forte e estável é indispensável para atrair o capital estrangeiro e, com isso, gerar crescimento econômico.
E há também os impostos.
Empreendedores são, por definição, indivíduos que gostam de se arriscar. Quando empreendedores talentosos de todos os cantos do globo decidem investir em um país, eles estão correndo riscos e esperam enriquecer em decorrência disso.
No entanto, se o preço a ser pago são impostos altos, vários empreendedores e vários investimentos serão desestimulados.
Para o criador de software cujas inovações irão aprimorar a eficiência das empresas, ou para o cientista cujo trabalho irá demandar várias horas para encontrar a cura do câncer, passando pelo simples dono de restaurante que alimenta as pessoas, tributar sua renda equivale a cobrar um preço pelos seus esforços. Equivale a cobrar deles um preço pelo seu trabalho, algo totalmente sem sentido.
Por isso, outro objetivo crucial deve ser o de diminuir esse preço do trabalho a fim de estimular ao máximo os esforços econômicos. Em virtude de seu sucesso, empreendedores melhoram substantivamente as nossas vidas, e o fato de que eles devem ser punidos por isso, tendo uma fatia de sua renda confiscada, deveria ser visto como algo grotesco.
Não há empregos sem investimentos. E não há empregos que paguem bem sem investimentos vultosos. Se a renda desses investimentos será tributada, o incentivo para empreendê-los é drasticamente reduzido.
Por tudo isso, é crucial que o governo seja o menor possível. Quanto maior for o governo, maiores serão seus gastos. Quanto maiores forem seus gastos, maiores terão de ser os impostos. E quanto maiores forem os impostos, menores serão os incentivos ao investimento e à produção.

Quando políticos falam que irão aumentar os gastos, o que eles realmente estão dizendo é que irão aumentar os custos sobre os indivíduos produtivos, que são aqueles que arcam com o ônus dos impostos. Aumentar os gastos do governo equivale a aumentar os custos sobre aqueles que levantam cedo e vão trabalhar."


(2)



*
Indicação de livro:

Por qual razão nós brasileiros, apesar de não confiarmos nos políticos, a quem dedicamos insultos dos mais criativos e variados, pedimos que o governo intervenha sempre que surgem problemas? Por que vamos para as ruas protestar contra os políticos e ao mesmo tempo pedir mais Estado - como se este não fosse gerido pelos... políticos? Por que odiamos os políticos e amamos o Estado? Por que chegamos à condição de depender do Estado para quase tudo? Bruno Garschagen busca entender como se formou historicamente no Brasil a ideia de que cabe ao governo resolver todos ou a maioria dos problemas sociais, políticos e econômicos. De Dom João VI a Dilma Rousseff, um compromisso inabalável uniu todos os governantes, inclusive aqueles chamados (erradamente, segundo o autor) de liberais ou neoliberais - a preservação do Estado monumental e mesmo o seu crescimento. Por quê? Para responder a esse conjunto de questões, o autor vasculha a história política do Brasil desde que os portugueses aqui chegaram até os dias de hoje. Com texto leve, bem-humorado e informativo, recorrendo também às explicações de pensadores brasileiros e portugueses, tece uma espécie de conversa entre os intelectuais que refletiram sobre a cultura política do Brasil para narrar a história de um país cuja formação cultural se confunde com a onipresença da burocracia nacional.

domingo, 19 de abril de 2015

Família under attack


Aos professores e diretores,

Sei que o conteúdo das apostilas do Objetivo, assim como de todos as escolas privadas e estatais obedecem ao conteúdo estipulado pelo MEC que por sua vez obedece, quer dizer, segue as diretrizes determinadas pelos especialistas da ONU.  Assim, a matéria que meu filho aprende durante as aulas e que depois é avaliada nas provas com certo e errado vem de muito longe e é distribuída para todos os países ocidentais e, muito provavelmente, é também a única fonte de informação sobre o assunto para os próprios professores e diretores.

O assunto da prova de meu filho de 7 anos de idade será sobre “o que é FAMÍLIA” (um pouco sobre a história da família nos anexos 1,2,3 e 4).  Pelo que entendi, lendo a apostila, família é o conjunto das pessoas que moram na mesma casa.  Aparece pai, mãe e filho = família; a mãe e a filha = família; o pai e o filho = família; tios, primos, irmãos numa mesma casa = família.  Mas o pai do segundo caso não é da família? Onde ele está? Se ele mora em outra cidade ele não é da família? Se ele morreu ele não é da família? Se ele se separou ele não faz mais parte da família da filha?  Se a filha morar metade do tempo na casa do pai q é casado com outra mulher a menina tem duas famílias? Mas se ela não gostar da esposa do pai ela pode dizer que só tem uma família?
Quando eu morava 5 dias por semana, por 6 anos, numa casa com mais 5 estudantes eu tinha duas famílias? A resposta politicamente correta é: “se você quiser, sim”.

Corroborando com estas definição de família vem a de casamento. Assim, no ano que vem a apostila inevitavelmente trará um homem + uma mulher = casamento; dois homens = casamento; três mulheres = casamento; um homem + 2 mulheres = casamento; um homem e sua mula = casamento (não ria para não ser acusado de especista pelos veganos); e misturando mais os conceitos, afinal conceitos significam “faça você mesmo e seja feliz”, quatro homens e três mulheres = família; uma mulher + seu gato = família; uma moça + sua boneca Suzi = família. Isso não é exagero, faz parte da construção de um novo mundo por reengenharia social e este novo mundo já chegou (1).  Mais sobre casamento no anexo 5.

A definição de “família" é algo muito na moda atualmente e no mundo inteiro; e isso tem motivos muito bem pensados e ações muito bem coordenadas e centralizadas.(anexos 5 e 6)


Significado de Família (Dicionário Aurélio):
s.f. O pai, a mãe e os filhos: família numerosa. / Todas as pessoas do mesmo sangue, como filhos, irmãos, sobrinhos etc. / Grupo de seres ou coisas que apresentam características comuns: família espiritual. / Biologia. Unidade de classificação científica. &151; Os animais e as plantas são classificados em sete grupos principais chamados reinos, filos, classes, ordens, famílias, gêneros e espécies. Os membros de uma família têm entre si um parentesco mais chegado que os membros de uma ordem, mas não são tão próximos quanto os membros de um gênero. / Os descendentes de um indivíduo, a linhagem, a estirpe. // Em família, em casa, entre os seus, na intimidade. // Família de palavras, grupo de palavras que procedem de uma raiz comum. // Família real, o rei, a rainha, seus filhos e parentes do mesmo sangue. // Santa Família, quadro que representa a Virgem Maria, São José e o Menino Jesus. / Usa-se como adj., no sentido de "honesto", "decente", falando-se sobretudo da mulher: Fulana é família.


A família de uma pessoa é o pai, a mãe e os filhos. Mesmo a esposa ou o marido NÃO são família!  Família NÃO se escolhe, família é algo REAL, objetivo, genético, inalterável que TODAS as pessoas do mundo tem.  Esta definição de que cada pessoa inventa seu conceito de família faz parte da ideologia politicamente correta para trocar a realidade por uma estrutura linguística para que cada pessoa possa “construir sua própria realidade”, “você cria seu mundo”, “você quer, você pode”, cada um inventa deliberadamente seu mundo e, passo seguinte, passa a acreditar nele como Real (é o mesmo processo de construção da realidade que foi feito com Deus - “cada um tem o seu deus”).  Evidentemente estas pessoas, após anos de doutrinação escolar, livros de auto-ajuda, indústria do entretenimento, mídia jornalística e suporte de intelectuais marxistas tornam-se literalmente histéricas, totalmente alienadas da realidade, sem comunicação com os outros seres-humanos que também vivem em seus mundos mentais, procurando desesperadamente uma personalidade grupal que seja um contato com o mundo exterior.  Isto tudo NÃO aconteceu por acaso, faz parte de uma estratégia muito bem planejada de organizações que estão acima da ONU. As apostilas de TODOS as escolas brasileiras, privadas, públicas e até religiosas trazem o conteúdo traçado pelo Ministério da Educação que por sua vez foi elaborado a partir das diretrizes da ONU. Como a ONU formulou isso? Escrevo um pouco sobre isso no Anexo 1.
Enfim, família NÃO é morar junto. Por estas novas ideias de família seria impossível dizer “família desunida”.


Em 2013 o governo petista junto com outros partidos socialistas e comunistas fizeram grande esforço para definir por lei o que é família.
A ideia de o Estado definir o conceito de família é totalitária (tema dos anexos) porque visa modelar o pensamento e a inteligência, através da linguagem. É cientificamente provado que remodelando a linguagem se modela o pensamento, o raciocínio e os comportamentos. O politicamente correto é isso; a novilíngua de George Orwell (1984) é isso. Renomeando as coisas, as relações manipula-se a realidade.  

Os oponentes da sociedade livre e voluntária têm um projeto amplo que começa com um ataque a essa instituição que é a mais crucial de qualquer sociedade. Por isso Karl Marx, em 1884, escreveu A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado demostrando que para acabar com a propriedade privada é necessário a destruição da família. (anexo 6)
A família é a instituição mais importante a ser abolida para que as pessoas se tornem átomos isolados vivendo coletivamente intermediados em todas as relações humanas pelo onipresente Estado (mas deixemos isso, por ora, de lado).

A ideologia totalitária centralizada na ONU que então distribui suas “recomendações" já mastigadas em formatos de projetos de lei para governos  socialistas do ocidente visa destruir a família.  Novas definições de pai e mãe e ainda, a supressão das comemorações de dias dos pais e mães (2) visam a atingir o conceito de família.

Então o que se quer é a RELATIVIZAÇÃO do conceito de família; família passa a ser aquilo que cada um denominar que seja, não é algo objetivo, real; esfarelando a ideia de família que já não vai querer dizer mais nada.
Sim, é possível dizer “minha família são meus amigos” ou “minha família são meus vizinhos” ou "minha família são meus gatos”, mas isso sugere outros significados.  São “famílias" em sentido figurado, sua família real está em outro lugar, às vezes mortos e este sentido figurado pode trazer um conforto psicológico, mas creio que nem este conforto exista, sirva mais para passar uma impressão, fazer um teatro, uma farsa e isso é muito mais doloroso porque é sabidamente falso. A escolha de se viver num teatro, numa mentira, parecer, não ser; a imposição politicamente correta de que todos são felizes e iguais é demoníaca porque afasta as pessoas da realidade, da verdade.

A relativização do conceito de família não vai fazer com que crianças adotadas por casais homossexuais se sintam melhor porque família não vai querer dizer mais nada.  Mas fará com que as crianças com famílias tradicionais - que é o que todos os heterossexuais desejam, mas infelizmente a vida não é perfeita - percam esta noção de família.

Não é espalhando a tristeza, desconstruindo o que existe de bom nas famílias tradicionais que os outros relacionamentos serão mais felizes.

Concordo que casais homossexuais possam adotar crianças.  Mas a vida destas crianças nunca foi fácil assim como a vida dos próprios homossexuais também pela impossibilidade de ter filho com quem se ama. Esta rejeição pelos seus pais biológicos logo ao nascer é algo muito difícil de superar.   Poderão ser muito bem cuidadas e amadas por seus pais ou mães homossexuais, mas acredito que procurarão uma referência masculina ou feminina fora de casa, num professor(a), num tio(a) e assim se desenvolver da melhor forma possível. (3)

Nascemos em uma família, independente da nossa vontade, e da qual, em última análise, não temos como renunciar. Pode haver renúncia jurídica, mas jamais renúncia desse dado radical da nossa historicidade: somos filhos, irmãos, netos, sobrinhos e primos de uma mesma família.



(1)
(a)


(b)

(c) Veganos



(2)

A senadora Marta Suplicy propôs um projeto de lei (PL) para que se retirasse dos documentos de todos os seres-humanos os nomes do pai e da mãe, e ainda contra a comemoração do dia dos pais e mães nas escolas.


O problema seria que nos documentos de uma criança adotada por homossexuais vai aparecer só o nome de um deles, como pai ou mãe?  Então não seria melhor, mais lógico e direto ao problema, fazer uma Lei que permita colocar o nome dos dois? Pai e pai ou mãe e mãe?  Isso deixaria a todos satisfeitos, dentro do possível, com os dois nomes dos pais ou mães adotivas, certo?

Esta solução simples, lógica e direta não foi a ideia dos comunistas porque a intenção não é fazer a criança adotada por homossexuais se sentir amparada por vínculos familiares; MAS TIRAR os vínculos familiares de TODAS as crianças, destruir a família sim, que é o projeto eterno do comunismo. 

Comunistas e regimes totalitários sempre perseguiram e mataram homossexuais, eles não querem ajudar ninguém (nem os gays) a se sentir melhor querem apenas a destruição da civilização grega-judaica-cristã que considera todas as pessoas iguais, que valoriza a pessoa, não o coletivo.
A ideia imbecil de legislar para que todas as pessoas sejam iguais levou os ideólogos da igualdade a proporem tal aberração.  A igualdade SEMPRE só consegue nivelar muito por baixo.  Então proíbe-se os nomes pai e mãe para que os que não tem não se sintam mal; todos se sentem mal igualmente. Proibir esportes para q os tetraplégicos…, acabar com as provas para q os menos capazes…, proibir venda de carros luxuosos… proibir a beleza, o bom humor para que os feios e os deprimidos não se sintam mal.


(3)
Regnerus (http://b-braga.blogspot.com.br/2013/04/a-fantastica-propaganda-gayzista.html) analisou 3.000 filhos adultos de 8 estruturas familiares distintas. Ele os avaliou a partir de 40 categorias sociais, emocionais e relacionais. A pesquisa verificou que as crianças que permanecem junto às suas famílias biológicas tinham uma educação melhor, apresentaram maior saúde mental e física, menos envolvimento com drogas ou atividades criminosas, e um “nível” de “felicidade” mais elevado.
Entre as estruturas analisadas, a que apresentou os piores resultados foram os filhos de mães lésbicas – resultados negativos em 25 das 40 categorias. Por exemplo, 23% dos filhos de mães lésbicas foram tocados sexualmente pelos pais ou por um adulto, enquanto o mesmo aconteceu apenas com 2% dos filhos criados por pai e mãe - filhos de mães lésbicas têm 11 vezes mais chance de serem molestados. Na infância, 69% dos filhos de mães lésbicas viviam com a ajuda assistencial do governo, em comparação com 17% de filhos de pais e mães casados – na fase adulta, são 38% comparados com 10%.  Cinco por cento dos filhos de pais casados consideraram o suicídio no ano anterior ao da pesquisa, enquanto 12% dos filhos de lésbicas e 24% de filhos de pais homossexuais.  (McManus, Mark. “How different are the adult children of parents who have same-sex relationships? Findings from the New Family Structures Study”. Social Science Research, Vol. 41, Issue 4. Julho, 2012, pp. 752-770 [http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0049089X12000610#]. Cf. WND, Mike McManus, 22 de Novembro de 2012 [http://www.wnd.com/2012/11/my-2-dads-childhood-not-so-happy-and-gay/])

"As crianças necessitam de limites e expressões de carinho consistentes e apropriadas em casa e na comunidade, e que não sejam sexualizadas” afirma Dawn Stefanowicz, autora de "Out from under: The Impact of Homosexual Parenting", livro em que conta sua experiência do tempo em que foi criada pelo pai homossexual.  Prossegue dizendo que "os direitos humanos servem para proteger o indivíduo, não grupos, e neste debate crucial, os direitos das crianças estão se tornando secundários, ignorados e negados”. Quando se negligencia essa questão equipara-se a adoção de crianças à adoção de um mascote qualquer.


Outro assunto que já está vindo à tona é o uso de óvulo ou espermatozóide de doador desconhecido e o aluguel de um útero também desconhecido para que pessoas homossexuais possam gerar filhos com seus genes.
Desta forma toda criança de um relacionamento gay ver-se-á privada de uma parte de sua realidade humana, de suas origens, de sua verdadeira filiação. Ela nunca saberá quem foi sua mãe ou seu pai biológico. Essa lei porá em questão o fundamento de sua identidade humana e instaurará, assim, uma desigualdade entre os seres humanos.
Essa lei viola o direito da criança a ter um pai e uma mãe. Essa criança terá direito unicamente a ter uma “mãe um,” e uma “mãe dois”, ou um “pai um” e um “pai dois”.  Essa lei será, além disso, uma fábrica de órfãos.  Nega-se a possibilidade da criança ter uma mãe ou pai. Toda criança tem o direito natural de conhecer sua origem, sua identidade e de relacionar-se com o pai e a mãe. 
As perguntas que alguns pediatras formulam são importantes.  “Como as crianças vão viver esse fato entre uma maioria de crianças que têm um pai e uma mãe, enquanto eles têm dois pais ou duas mães?  "Como a criança poderia construir sua identidade em meio de uma cultura NATURAL, que não lembra em nada a imagem de sua família?”.  Os questionamentos que muitos nos fazemos são fundamentais. Ninguém tem ainda uma resposta, mas as perspectivas não são lisonjeiras: quais serão as consequências de semelhante perturbação da civilização humana?  Que impacto terá a decisão de impor uma nova ordem antropológica? 
O estado legislando a favor da reprodução artificial para parceiros homossexuais passa por cima da biologia e da natureza humana.  O estado Totalitário acima da natureza humana para a criação de novas crianças criadas geneticamente e gestadas em barrigas de aluguel, e futuramente em laboratório. Mais um modo de engenharia social.
Tudo isso para satisfazer o desejo de se ter um filho com seus genes.





ANEXO 1.  A família é uma instituição anarquista.

Por Lew Rockwell

O escritor, poeta e filósofo G.K. Chesterton dizia que a família era uma instituição anarquista.  Com isso, ele queria dizer que não é necessário nenhum decreto do estado para que ela venha a existir.  Sua existência flui naturalmente de realidades constantes na natureza do homem, sua forma sendo aperfeiçoada pelo desenvolvimento de normas sexuais e pelo avanço da civilização.

Essa observação é consistente com a brilhante discussão sobre a família feita por Ludwig von Mises em sua magistral obra Socialism, publicada em 1922.  Por que Mises abordou a família e o casamento em um livro de economia que refutava o socialismo?  Ele entendeu — ao contrário de muitos economistas de hoje — que os oponentes da sociedade livre e voluntária têm um projeto amplo que geralmente começa com um ataque a essa instituição que é a mais crucial de qualquer sociedade.

"Propostas para transformar as relações entre os sexos há muito vêm de mãos dadas com planos para a socialização dos meios de produção", observa Mises.  "O casamento deve desaparecer junto com a propriedade privada.  O socialismo promete não apenas o bem-estar — riqueza para todos —, mas também a felicidade universal no amor."

Mises observou que o livro de August Bebel (alemão fundador do Partido da Social Democracia Alemã), Woman Under Socialism, um canto de glória ao amor livre publicado em 1892, foi o tratado esquerdista mais lido de sua época.  Esse elo entre socialismo e promiscuidade tinha uma proposta tática.  Se você não acreditasse no engodo de uma terra prometida onde a prosperidade surgiria magicamente, então você ao menos podia ter a esperança de que haveria uma libertação da maturidade e da responsabilidade sexual. (a)

Os socialistas propunham um mundo no qual não haveria impedimentos sociais ao ilimitado prazer pessoal, com a família e a monogamia sendo os primeiros obstáculos a serem derrubados.  Esse plano funcionaria?  Sem chance, disse Mises: o programa socialista para o amor livre é tão impossível quanto o programa para a economia.  Ambos vão contra as restrições inerentes ao mundo real.

A família, assim como a estrutura da economia de mercado, não é um produto de políticas; é um produto da associação voluntária, tornada necessária por realidades biológicas e sociais.  O capitalismo reforçou o casamento e a família porque é um arranjo que depende da LIBERDADE, do consentimento e do voluntarismo em todas as relações sociais.

Assim, tanto a família quanto o capitalismo compartilham as mesmas fundações institucionais e éticas.  Ao tentar abolir essas fundações, os socialistas iriam substituir uma sociedade baseada nos contratos por uma baseada na violência.  O resultado seria o total colapso social. 

Quando os social-democratas Sidney e Beatrice Webb viajaram para a União Soviética, uma década após o lançamento do livro de Mises, eles relataram uma realidade diferente.  Eles encontraram mulheres liberadas do jugo da família e do casamento, vivendo vidas felizes e realizadas.  Era uma fantasia tão grande — na realidade, uma fantasia sangrenta — quanto suas alegações de que a sociedade soviética estava se tornando a mais próspera da história.

Atualmente, nenhum intelectual mentalmente são defende o total socialismo econômico; mas uma versão diluída do programa socialista para a família é a força-motriz de várias das políticas sociais mais afamadas mundo afora.(b)   Essa agenda anda de mãos dadas com a restrição da economia de mercado em outras áreas.

Não é coincidência alguma que a ascensão do amor livre tenha acompanhado a ascensão e o completo desenvolvimento do estado assistencialista.  A ideia da emancipação da necessidade de trabalhar (e de poupar e de investir) e da emancipação de nossa natureza sexual tem origem em um mesmo impulso ideológico: superar as realidades estabelecidas da natureza.  Como resultado, a família sofreu — exatamente como Mises previu que aconteceria.

Embora os defensores da família e os proponentes do capitalismo devessem estar unidos em um único programa político visando a esmagar o estado intervencionista, eles tipicamente não estão.  Os defensores da família, mesmo os conservadores, frequentemente condenam o capitalismo financeiro como uma força alienadora, e defendem políticas irrefletidas como tarifas, monopólios sindicais e programas de renda mínima para pessoas casadas.

Ao mesmo tempo, os adeptos da livre iniciativa demonstram pouco interesse em relação às genuínas preocupações dos defensores da família.  E ambos não parecem interessados nos ataques radicais à liberdade e à família que políticas governamentais como leis do trabalho infantil, escola pública, seguridade social, altos impostos e medicina socializada representam.  Na visão de Mises, essa cisão é deletéria.

"Não é nenhum acidente que a proposta de se tratar homens e mulheres como sendo radicalmente iguais, de ter o estado regulando as relações sexuais, de colocar crianças em creches públicas e garantir que filhos e pais permaneçam quase que desconhecidos uns para os outros tenha se originado com Platão", que em nada se importava com a liberdade.

Também não é nenhum acidente que essas mesmas propostas hoje em dia sejam defendidas por pessoas que não têm a mínima consideração pela família e pelas leis econômicas.



(a)
Ideólogos pretendem substituir o matrimônio pelo hedonismo absoluto. Exatamente por essa razão, Chesterton faz sábia e vigorosa defesa, como raras vezes encontramos atualmente, da família, esse núcleo de segurança, amor, dedicação e estabilidade. O princípio é este: em tudo que é digno de ter – mesmo nos prazeres todos – há uma porção de dor ou tédio que deve ser preservada a fim de que o prazer possa renascer e perdurar. Em tudo que vale a pena fazer há um estágio em que ninguém o faria, exceto por necessidade ou por honra. É então que a Instituição sustém o homem e o ajuda a prosseguir sobre um terreno mais firme. Se este sólido fato da natureza humana é suficiente para justificar a dedicação sublime do matrimônio cristão, isso já é outra questão; importa saber que ele é plenamente suficiente para justificar a corrente impressão dos homens de que o matrimônio é algo fixo e sua dissolução é uma falha ou, no mínimo, uma ignomínia.


(b)
"A economia livre não se sustenta num vácuo de valores morais. Aliás, a sociedade como um todo não sobrevive sem códigos morais decentes, sem a valorização de comportamentos éticos.
A luta pela liberdade é, acima de tudo, cultural; e no cerne disso está a família. Todo regime autoritário e totalitário tentou destruir o núcleo familiar. Claro que o ataque à família enquanto instituição e à sua importância em transmitir os valores morais de geração em geração não é sempre consciente e deliberado. Mudanças sociais e culturais advindas de avanços tecnológicos também ocorrem, nem sempre com resultados apenas positivos.
A situação é reflexo de uma cachoeira de equívocos e de uma montanha de omissões. O novo perfil da delinquência é resultado acabado da crise da família, da educação permissiva e do bombardeio de setores do mundo do entretenimento, que se empenham em apagar qualquer vestígio de valores.
As análises dos especialistas em políticas públicas esgrimem inúmeros argumentos politicamente corretos. Fala-se de tudo. Menos da crise da família. Mas o nó está aí. Se não tivermos a firmeza de desatá-lo, assistiremos, acovardados e paralisados, a uma espiral de violência sem precedentes. O inchaço do ego e o emagrecimento da solidariedade estão na origem de inúmeras patologias. A forja do caráter, compatível com o clima de verdadeira liberdade, começa a ganhar contornos de solução válida. A pena é que tenhamos de pagar um preço tão alto para redescobrir o óbvio.
O resultado final da pedagogia da concessão, da desestruturação familiar e da crise da autoridade está apresentando consequências dramáticas. Chegou para todos a hora de falar claro. É preciso pôr o dedo na chaga e identificar a relação que existe entre o medo de punir e os seus efeitos antissociais.




ANEXO 2.  Engenharia social.

Por Hans-Hermann Hoppe

Famílias formam-se, eis o comportamento regular de seres humanos, uma vez atingido o estágio de desenvolvimento intelectual e civilizacional para tanto necessário. Defendemos, isto sim, que tal processo não seja perturbado por coerção estatal.

Diante de todo comportamento natural, ao menos duas posturas apresentam-se ao homem racional: acatá-lo ou resistir-lhe. O que nos faz seres morais é, justamente, a possibilidade de seguir ou não nossa natureza.

Em civilização, o único quadro no qual os incentivos para a desintegração familiar superam aqueles voltados à sua conservação dá-se mediante intervenção estatal. Os escravos romanos não se reproduziam em bacanais e nasciam [literalmente] "sem pai nem mãe" por vontade própria, mas porque eram escravos; a nobreza romana não possuía estrutura patriarcal e direitos de propriedade beirantes ao absoluto apenas porque tal era a lei, mas porque eram livres, e dita conformação permitia-lhes, melhor que qualquer outra, manter seu status.

É preciso chutar o Estado para fora das escolhas morais e econômicas individuais, excluir do tabuleiro a gravidade dos engenheiros sociais e de suas "políticas públicas”.

Sabemos, entretanto, que aquilo a que se discute como "família" é, evidentemente, uma implicação sobre o "casamento homossexual". Esta discussão não se justifica, quando concordamos que o Estado não deveria ter influência alguma sobre o instituto do casamento em si, cuja razão de ser é eminentemente religiosa. O "casamento civil" faz tanto sentido quanto a "ordenação sacerdotal civil", a "extrema unção civil" ou o "batismo civil": uma paródia aberrante, caricatural e, em última instância, redundante. Questões patrimoniais acerca da coabitação entre seres humanos pode[ria]m ser tranquilamente resolvidas por contratos sob quaisquer outras denominações, sem usurpar a natureza de um sacramento religioso.

Isto posto, duplas, trios, quartetos ou inteiras comunidades, independentemente do gênero de seus componentes, já hoje se encontram legalmente livres para escolher ou criar qualquer conformação religiosa que lhes permita celebrar sacramentos análogos ao casamento cristão. Se a sociedade circundante reconhece a tais celebrações o mesmo valor do sacramento tradicional é, novamente, uma escolha tomada livremente por cada outro membro da sociedade. Como pode certo tipo de "libertário" defender que o Estado violentamente imponha a todos os indivíduos um juízo de valor - um pensamento! -, sem perceber nisto uma agressão ainda mais odiosa ao “Princípio de Não Agressão" do que a imposição de uma conduta? O governante de turno pretende invadir o espaço mais íntimo do ser (não a cama, nem o baixo ventre, mas a mente: ditar-lhe uma reação psicológica) (a) e, como a justificativa lhes é conveniente, tolera-se a invasão como se nada fosse. Não por acaso (novamente) a aceitação social do "casamento homoafetivo" só se dá após décadas de "campanhas de conscientização" operadas, novamente, por órgãos estatais e para-estatais, formando-se inteiras polícias a fim de monitorar pensamentos e olhares alheios.



(a)
Se o estado hoje garante o direito das crianças, significa que você não é ''dono'' dos seus filhos mais. Se o estado garante o direito da sua esposa, significa que você não pode protege-la mais e ela não te pertence também. Nem sua propriedade, nem sua mulher, nem seus filhos são seus mais, são do estado.  Seu filho, sua esposa podem ficar sossegados: entre vocês está o estado (políticos, burocratas e funcionários públicos.




ANEXO 3.  Família, patriarcado e livre mercado.

Por Jeffrey Nyquist

O capitalismo é um sistema de propriedades, e a paternidade é a fonte permanente da propriedade. Isso está melhor exposto na sábia obra de Stephen Baskerville, cujo artigo recente, "Porquê estamos perdendo a batalha pelo casamento" explica que "o casamento existe para ligar o pai à família". O casamento, segundo ele, não é uma instituição de gênero neutro. É a propriedade do pai que estabelece a família como unidade econômica e que possibilita a regeneração da função materna. Sem essa propriedade não pode haver capitalismo, propriedade efetiva ou uma firme base para sustentar a economia nacional.

Como mostra Baskerville, onde quer que a paternidade seja descartada ou diminuída, vemos "matriarcados empobrecidos e dominados pela criminalidade e pelas drogas". Ao fazer o papel de proprietário, o estado se torna pai desses "matriarcados". De acordo com Baskerville, "sem a autoridade paterna, adolescentes viram selvagens e a sociedade descende ao caos". Naturalmente, o estado tem um número cada vez maior de razões para intervir na sociedade e, por conseguinte, na economia. O que muitos defensores do capitalismo não conseguiram entender é a conexão existente entre a autoridade paterna e o livre mercado (a). Eles não conseguiram entender que a erosão do patriarcado significa o surgimento de um estado leviatã (isto é, um governo cujo controle sobre a economia é cada vez maior — o socialismo).

A erosão do patriarcado não é acidente. Ela foi levada a cabo pelas cortes, que por meio de sentenças violaram os direitos de propriedade. Conforme explicado por Baskerville, o divórcio é o primeiro passo na destruição da liberdade: "Assim como o casamento cria a paternidade, o divórcio deliberadamente a destrói. As cortes de divórcio são, em grande parte, um método para saquear e criminalizar os pais — homens que não são acusados de crime nenhum, porém criminalizados pelos procedimentos que literalmente e legalmente não atribuem culpa alguma a eles." Baskerville acrescenta que "Com os atuais métodos formulados contra o homem, nenhum em sã consciência irá casar e formar uma família. Nenhuma pressão de um moralista de poltrona [...] será suficiente para persuadir o homem a entrar em um casamento que é sinônimo de [...] expropriação e encarceramento".

Portanto, se voltarmos às colocações de Gottfried as quais ele descreve o atual regime como um estado se apropriado das "funções da família vitoriana", podemos encontrar uma ligação perigosa entra o colapso do livre mercado e o colapso dos lares biparentais. Dos destroços da instituição familiar, surge agora uma nova ideologia multicultural. Com a família burguesa destruída e a propriedade paterna descartada, não há nada além da administração burocrática dos destroços humanos — das crianças sem pai e das mães necessitadas de apoio estatal. Uma vez dentro desse regime, diz Gottfried, não há volta. "Os pré-requisitos sociais para um retorno ao passado, mesmo que num sentido limitado, como a volta dos papéis de gênero e um estado de bem-estar social constitucionalmente limitado como era em meados do século XX deixam de existir". O establishment midiático e educacional "alteraram a moralidade social".

Esse último assunto deve ser profundamente entendido antes de entendermos o próximo —e mais devastador — assunto colocado em pauta por Gottfried; nomeadamente, que o novo regime se estabeleceu como moralmente superior ao sistema que ele destruiu, e que essa superioridade moral é baseada na ideia de que a mídia e os educadores estão "libertando" indivíduos oprimidos da intolerância, da ignorância, da desigualdade e das injustiças do patriarcado. Segundo Gottfried, a Europa está mais susceptível a esse regime do que os Estados Unidos. E se olharmos para a falência da Europa e considerarmos a iminente falência da América, há apenas uma diferença de meses — ou poucos anos — entre o colapso daquele continente e deste país (EUA).



(a)
A palavra patrimônio (patri = pai) é a raiz que une família e propriedade. E é por isso que os inimigos da propriedade precisam destruir primeiro a família. E é por isso que a revolução sexual é parte importante da revolução cultural. Mas para isso precisam passar por cima da religião cristã. Esvaziando o cristianismo, a família fica sem identidade e se dilui em mil formas. Diluída e dispersa, sobram indivíduos soltos e desamparados que entregam suas propriedades e sua consciência ao Estado-pai, que os receberá de braços abertos como ao filho pródigo.




ANEXO 4.  A “família tradicional”.

Por Olavo de Carvalho:

A “família tradicional” é essencialmente a família nuclear constituída de pai, mãe e filhos (poucos).
Mas esse modelo de família nada tem de tradicional. É um subproduto da Revolução Industrial: desmantelou as culturas regionais e as unidades de trabalho familiar em que habilidades agrícolas ou artesanais se transmitiam de pai a filho ao longo das gerações; as famílias tradicionais desmembraram-se em pequenas unidades desarraigadas, que vieram para as cidades em busca de emprego.

A Revolução Francesa completou o serviço, abolindo os laços tradicionais de lealdade territorial, familiar, pessoal e grupal e instaurando em lugar deles um novo sistema de liames legais e burocráticos em que a obrigação de cada indivíduo vai para o Estado em primeiro lugar e só secundariamente – por permissão do Estado – a seus familiares e amigos. 

A sociedade “natural”, formada ao longo dos séculos sem nenhum planejamento, por experiência e erro, foi enfim substituída pela sociedade planejada, racional-burocrática, em que os átomos humanos, amputados de qualquer ligação profunda de ordem pessoal e orgânica, só têm uns com os outros relações mecânicas fundadas nos regulamentos do Estado ou afinidades de superfície nascidas de encontros casuais nos ambientes de trabalho e lazer. Tal é a base e origem da moderna família nuclear.

Max Weber descreve esse processo como um capítulo essencial do “desencantamento do mundo”, em que a perda de um sentido maior da existência é mal compensada por sucedâneos ideológicos, pela indústria das diversões públicas e por uma “religião” cada vez mais despojada da sua função essencial de moldar a cultura como um todo. 
Nessas condições, assinala Weber, é natural que a busca de uma ligação com o sentido profundo da existência reflua para a intimidade de ambientes cada vez mais restritos, entre os quais, evidentemente, a família nuclear. Mas, na medida mesma em que esta é uma entidade jurídica altamente regulamentada e cada vez mais exposta às intrusões da autoridade estatal, ela deixa de ser aos poucos o abrigo ideal da intimidade e é substituída, nessa função, pelas relações extramatrimoniais.

Separada da proteção patriarcal, solta no espaço, dependente inteiramente da burocracia estatal que a esmaga, a família nuclear moderna é por sua estrutura mesma  uma entidade muito frágil, incapaz de resistir ao impacto das mudanças sociais aceleradas e a cada “crise de gerações” que as acompanha necessariamente. Longe de ser a morada dos valores tradicionais, ela é uma etapa de um processo histórico-social abrangente que vai em direção à total erradicação da autoridade familiar e à sua substituição pelo poder impessoal da burocracia.

Não por coincidência, o esfarelamento da sociedade em unidades familiares pequenas permanentemente ameaçadas de autodestruição veio acompanhada do fortalecimento inaudito de umas poucas famílias patriarcais, justamente aquelas que estavam e estão na liderança do mesmo processo. Refiro-me às dinastias nobiliárquicas e financeiras que hoje constituem o núcleo da elite globalista. Quanto mais uma “ciência social” subsidiada por essas grandes fortunas persuade a população de que a dissolução do patriarcalismo foi um grande progresso da liberdade e dos direitos humanos, mais fortemente a elite mandante se apega à continuidade patriarcalista que garante a perpetuação e ampliação do seu poder ao longo das gerações. Com toda a evidência, a família patriarcal é uma fonte de poder: a história social dos dois últimos séculos é a da transformação do poder patriarcal num privilégio dos muito ricos, negado simultaneamente a milhões de bocós cujos filhos aprendem, na universidade, a festejar o fim do patriarcado como o advento de uma era de liberdade quase paradisíaca. O desenvolvimento inevitável desse processo é a destruição – ou autodestruição -- das próprias famílias nucleares, ou do que delas reste após cada nova “crise de gerações”.

A “defesa da família” torna-se, nesse contexto, a defesa de uma entidade abstrata cujo correspondente no mundo concreto só veio à existência com a finalidade de extinguir-se.  Ou as famílias se agrupam em unidades maiores fundadas em laços pessoais profundos e duradouros, ou sua erradicação é apenas questão de tempo. As comunidades religiosas funcionam às vezes como abrigos temporários onde as famílias encontram proteção e solidariedade. Mas essas comunidades baseiam-se numa uniformidade moral estrita, que exclui os divergentes, motivo pelo qual se tornam vítimas fáceis da drenagem de fiéis pela “crise de gerações”. A família patriarcal não é uma unidade ético-dogmática; é uma unidade biológica e funcional forjada em torno de interesses objetivos permanentes onde os maus e desajustados sempre acabam sendo aproveitados em alguma função útil ao conjunto.

[…]
Os poderosos que dominam o mundo nunca acreditaram nessa merda toda de marxismo cultural que eles financiam, todos eles possuem famílias patriarcais bem tradicionais e conservadoras. As famílias que eles querem destruir é a dos outros, para que o poder deles não seja ameaçado, porque a família é essencial para a manutenção do poder a longo prazo.




Anexo 5.  Casamento.

"Sabemos, entretanto, que aquilo a que te referes como "família" é, evidentemente, uma implicação sobre o "casamento homossexual". Uma discussão que não se justifica, quando concordamos que o Estado não deveria ter influência alguma sobre o instituto do casamento em si, cuja razão de ser é eminentemente religiosa.” - Hans-Hermann Hoppe (anexo 2).

"A amizade entre MARIDO e MULHER é reconhecidamente NATURAL; o homem, de fato, é por sua natureza, mais inclinado a viver como casal do que a associar-se politicamente, na medida em que A FAMÍLIA É ALGO ANTERIOR E MAIS NECESSÁRIO QUE O ESTADO; e, por este motivo, considera-se que, já nesta amizade, há utilidade ou prazer; e esta amizade pode se fundamentar na virtude, quando os esposos são pessoas para o bem: há uma virtude própria de cada um deles e eles experimentarão satisfação. Para concluir, os filhos são estimados como um vínculo: por isto os cônjuges sem filhos se separam mais rapidamente. E os filhos, de fato são um bem comum para ambos e isso que é comum une." (Aristóteles, Ética a Nicômaco, VIII, 12, 1.162a.) 

O casamento é a união de dois entes que foram feitos um para o outro, como porca e parafuso. A natureza sexual do homem e da mulher foram feitas um para o outro, pois seus órgãos estão naturalmente ordenados para essa união.  O sexo oral e o anal não respeitam esta união natural, tem finalidade apenas de prazer e/ou submissão e poder.  Por isso, não é este tipo de sexo que legitima o casamento.
Homosexualidade é antinatural (Ohhh, ele disse isso!), e não precisa ir muito longe para constatar isso, a própria natureza explica através da perpetuação da espécie.  Isso é ruim? Só em escala reprodutiva, de resto não existe nenhum motivo para classificar o relacionamento de pessoas do mesmo sexo em algo ruim, assim como o próprio sexo oral e anal entre heterossexuais se assim desejarem (a).  As pessoas precisam aprender a separar as coisas. Dizer que algo é antinatural não implica um termo pejorativo à este algo, é simplesmente dizer que este algo não condiz com nossas acepções biológicas como espécie.

Assim, o casamento é uma instituição religiosa que serve para ter filho(s) e formar uma família.  Sem filho existe apenas um casal.  Dois homens ou duas mulheres não são um casal, formam um par; assim como três mulheres também não formam um casal (1a), mas um trio.

A ideia é fazer com que casamento seja identificado à relacionamento sexual ou mesmo afetivo {ver definições de casal e casamento em (b)}.  Quando ocorre essa mudança de conceito da família para as emoções, fica impossível explicar porque o casamento ficaria restrito a duas pessoas. E o “poliamor”? (c)  E aqueles que desejam mais companheiros, e gostariam de casar com todos eles? E aqueles que amam seu gato?  E aqueles que tem relação sexual com cabrita ou galinha?  (ver veganos 1c)  Por que todos eles deveriam ficar impedidos de também participar do que passou-se a chamar de casamento?
São nas discussões de intelectuais, financiadas por poderosas organizações supranacionais que não interessa mencionar aqui, que se começa a problematização de todos estes relacionamentos para então virar uma resolução da ONU e então, projetos de lei em todos os países em sintonia com a agenda da ONU. Estes já defendem que o casamento deva abarcar também parceiros múltiplos e relacionamentos não-sexuais, apenas afetivos como amigos que não praticam sexo, mas vivem juntos.

NÃO é coincidência que o tema “casamento gay” seja discutido SIMULTANEAMENTE em quase todos os países ocidentais e mesmo do oriente.  O tema não surgiu de uma demanda de pessoas homossexuais brasileiras, argentinas, francesas, americanas que enfrentavam problemas jurídicos em suas uniões homossexuais - mal sabem da armadilha que caíram ao aceitar a regulamentação estatal de seus relacionamentos afetivos (d).  A problematização de algo que não era problema algum partiu de cima, bem de cima, de intelectuais marxistas que sustentam a agenda globalista da ONU. A problematização, ou seja, da criação de um problema é uma das táticas de reengenharia social.
Esta é apenas uma das frentes que a ONU trabalha para a destruição da família.  A ONU trabalha intensamente para a legalização do aborto e do aborto pós-parto (matar nenês) já defendido por uma das maiores revistas de ética médica do mundo! (e).  A ONU, multiculturalista, trabalha para, em breve regulamentar a pedofilia. Isso tudo em defesa dos direitos humanos - dos assassinos e agressores e não das vítimas, obviamente. Um pouco mais de ONU em (f).

Para DESTRUIR a família é necessário destruir o sentido do casamento.  A união gay ou múltipla, que seja, e até mesmo com animais com direitos de propriedade, herança já existe e é facilmente legalizável.  A formalização legal, estatal do casamento gay e das outras uniões servem, embora a maioria não saiba, APENAS para destruir o sentido do casamento.



(a)


(b)
Significado de Casal (Dicionário Aurélio)
1 Par formado por macho e fêmea.  2 Par formado pelos cônjuges.  3 Conjunto de duas pessoas que têm uma relação sentimental e/ou sexual.  4 Propriedade rústica menos importante que a quinta.  5 Pequena povoação.  6 Conjunto formado por duas coisas iguais ou semelhantes.

Significado de Casamento (Dicionário Aurélio)
1 Ato ou efeito de casar.  2 Contrato de união ou vínculo entre duas pessoas que institui deveres conjugais.  3 Cerimônia ou ritual que efetiva esse contrato ou união.  4 União, associação, vínculo.  5 Passa de figo recheada com pedaços de noz ou de outros frutos secos.  6 casamento de mão esquerda:  mancebia.


Ora, o conceito de casal compunha-se de um critério de gênero e um critério de número: um homem, uma mulher. Uma vez que, sob o "princípio da afetividade"(?), o critério de gênero foi remetido ao espaço, o que justifica a manutenção do critério numérico à sua caracterização? Afinal, é possível (e até desejável) nutrir "afeto" por um sem-número de entes.
Acontece que esse raciocínio não se fez após o desencadeamento da demanda pelo "casamento para todos" (inclusive para os que não constituem "casal"), mas antes. A completa dissolução da noção de família é objetivo apriorístico dessa agenda política. Dissolução, isso é, da possibilidade de que "os outros" formem núcleos familiares perduráveis. Porque eles - os que engendram desde o alto as agendas dos Estados - não pretendem renunciar à conservação patrimonial e ao ambiente educacional transmitido por seus pais e avós, para ser legado a seus filhos e netos, em estruturas rígidas, patriarcais e hierárquicas. A infertilidade e a promiscuidade ao estilo das senzalas são, precisamente, para aqueles que, segundo eles (as elites globalistas), deveriam estar em senzalas, servindo obedientes à sua visão de futuro.


(c)


(d)
O estado regulando os relacionamentos afetivos:



(e)



(f)
A bancada LGBT do Brasil faz parte de um movimento internacional (ONU) que não pretende somente exigir suporte estatal para suas próprias práticas ou desejos sexuais. Ela pretende estender a toda a sociedade o desejo de lutar selvagemente pela garantia das demandas mais torpes e primitivas, visando legitimar a instauração de rígidos controles estatais, tudo em nome dos "direitos humanos”.

Michael Jones, na obra Libido Dominandi: Sexual Liberation and Political Control,  usa do termo agostiniano para afirmar que a liberdade humana não depende da natureza ou das leis, mas é uma função do estado de moralidade em que ele vive. O autor lembra do conhecido Marques de Sade, que já em princípios do século XVIII, dera início à frutuosa parceria entre revolução sexual e política, abrindo as portas do inferno para a Revolução Francesa, iniciando o processo que culminará em nossos dias.

A luta sexual gayzista está sendo somente um meio útil aos objetivos revolucionários. Não há diferença, para eles, se pelo poder é preciso defender os direitos dos gays ou fuzilá-los em praça pública, como fizeram e fazem as ditaduras revolucionárias. Os cristãos que hoje estão sendo atacados pela militância gayzista e vistos como inimigos do povo, serão os únicos que continuarão a defender a vida quando a ira do Grande Irmão voltar-se contra gays, feministas e todos os idiotas úteis que trabalham sem saber pela sua própria aniquilação.

Analisando os tópicos reivindicados pela militância GLBT, o jornalista Peter Heck chamou a atenção recentemente para o fato de que a luta pela instituição das uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, não tem por base dar uma nova definição para o “casamento”. Para isso deveria haver uma definição alternativa sendo defendida. Ao contrário, segundo ele, o que se está querendo é antes uma “indefinição” do casamento. “Uma tentativa para obliterar qualquer parâmetro fundamental para o que é percebido como comportamento sexual moral e imoral”.

Há um processo de injeção de assuntos no público que gera uma indução de condutas. Estas condutas, por sua vez, vão funcionar como motores de justificação. Para compreender como isso acontece, segundo algumas técnicas sociais, podemos recorrer tanto à dissonância cognitiva como à teoria do Agenda-Setting.

Cada vez mais gays e transsexuais percebem o óbvio: a pauta LGBT não os favorece, pelo contrário, os joga contra os héteros com o único intuito de promover luta de classes. Lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais devem ter os mesmos direitos de todos (vida, liberdade e propriedade). Precisamos de mais foco nos indivíduos e menos foco em coletivos criados com a única intenção de colocar uns contra os outros.




ANEXO 6.  O projeto para a DESTRUIÇÃO da família.

Como espero já ter deixado claro os debates relacionados à legalização estatal do casamento gay e a definição estatal do que vem a ser família não é uma discussão legislativa, cultural e educacional por acaso, mas elaborada por intelectuais comunistas desde Karl Marx com a única intenção de relativizar a propriedade privada em favor da igualdade imposta por um estado totalitário rico e intervencionista em todas as esferas da vida privada de todas as pessoas.  Em sua defesa existem alguns poucos que sabem o que estão fazendo e uma massa de “idiotas úteis” assim definidos por Lênin.  Antonio Gramsci assim planejou, “tomando todos os espaços nas universidades e no mercado editorial todos defenderão as ideias comunistas mesmo sem saberem, as ideias comunistas serão como imperativos categóricos, um senso comum”.

Em A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado (1884) Marx inventa que a opressão sobre os trabalhadores tem origem na família e gera "desigualdade socia"l (se você acredita neste problema você é comunista sem saber).  Na origem da espécie o sexo era livre, não se sabia quem era o pai e por isso era uma sociedade matriarcal. O pai exigindo fidelidade gerou a escravidão. O pai é opressor. Para a igualdade é necessário destruir a família.  Desde então a destruição da família é o cerne dos debates de inúmeras organizações como a Escola de Frankfurt, Sociedade Fabiana, Grupo Bilderberg que influenciam diretamente a ONU.
Ninguém raciocina com os fatos porque da ONU e das boas intenções de nossos burocratas, ONGs e do William Bonner é impossível qualquer suspeita, não é politicamente correto.
Outra frente para destruir a família é a definição no Brasil de propriedade privada como finalidade social e os altos impostos sobre herança.  Lei da Palmada, ensino estatal obrigatório desde os 4 anos de idade, assistentes sociais e promotores da família servem para que nossos filhos aprendam que quem gosta deles, quem os protege e educa, quem manda em seus pais é o Estado.
O Estado paternalista: bonzinho (dá saúde, ensino, bolsas e dinheiro para tudo que você quiser durante a vida), mas austero (não levante a voz contra o Estado senão será punido).
A família sem vínculo social (com filhos) nem econômico (com suas propriedades).  O Estado (os burocratas, os políticos e os funcionários públicos) é sua família, no Estado você pode confiar.  O Estado é seu elo com a Realidade.  A superação da civilização greca-romana-judaica-cristã; um outro mundo é possível - e estamos caminhando para ele.

Uma ativista homossexual famosa nos Estados Unidos, a jornalista Masha Gessen, revelou recentemente em um programa de rádio que a meta dos defensores do "casamento" entre pessoas do mesmo sexo é, sim, modificar a instituição familiar, pois ela “é algo que não deveria existir” - um exemplo de pessoa que sabe o que faz, não faz parte da massa de “idiotas -úteis”.

Defender a família é defender a liberdade de cada pessoa com sua beleza, individualidade e personalidade únicas; é defender a vida, a vida com todas as suas dificuldades, superações, a formação do caráter.  Mecanismos assistencialistas estatais que visam "proteger o indivíduo solitário e sensível da experiência dolorosa e fortalecedora de assumir compromissos humanos é, no sentido mais literal das palavras, uma sociedade para prevenção da cultura cristã" (Chesterton, Cf. Hereges, p. 172).


Se por um lado o casamento é tão importante para a sociedade, por outro lado ele é custoso e frágil, e necessita de uma cultura forte que o defenda e da pressão social para que as pessoas casem e permaneçam casadas. O sociólogo James Q. Wilson definiu o casamento como “uma solução social arranjada para o problema de fazer as pessoas continuarem juntas e cuidarem das crianças, que o mero desejo por crianças, e o sexo que torna as crianças possíveis, não resolvem”.
Não é preciso concordar com todos os pontos dos autores que expus para compreender a importância do casamento tradicional e os riscos que ele corre atualmente. Um reductio ad absurdum pode ser útil aqui: se todos passassem a desprezar o casamento tradicional, qual seria o efeito disso para a sociedade? Talvez a melhor resposta esteja na distopia de Aldous Huxley, Admirável Mundo Novo, onde os bebês são criados em incubadoras estatais e o próprio conceito de mãe biológica é estranho e desperta até ojeriza. Lembrem que há intelectuais e poliicos (Marta Suplicy e sua turma) que já querem retirar “pai e mãe” de documentos oficiais, para não “ofender” aqueles com configuração “familiar” diferente.
Uma das consequências que os autores levantam é o aumento excessivo do estado, convocado a se intrometer cada vez mais nos assuntos íntimos para preencher o vácuo deixado pela ruptura do casamento e dos laços familiares. Inúmeras formas diferentes de conjugação demandam mais e mais regras e arbítrio estatal para selar disputas de toda natureza: herança, visitas, guarda, barrigas de aluguel, pais biológicos e adotivos, pai e “mãe” gays, relacionamentos com múltiplos parceiros, etc.
Os autores não rejeitam praticamente nenhuma vantagem típica do casamento para os homossexuais ou mesmo os que praticam o “poliamor”. Apenas entendem que podem ser feitos contratos privados preservando, assim, o conceito legal de casamento para sua visão tradicional, um contrato de um tipo muito especial, o que seria vantajoso para a sociedade como um todo. Não são poucos os gays que compreendem esse ponto de vista. No Brasil mesmo, Clodovil era um que costumava elogiar a família tradicional, lembrando que todo homossexual vem de uma, e chegou a rejeitar abertamente a libertinagem.
James Dobson, autor da trilogia “Fatherless”, “Childless” (“Sem-Filhos”), “Godless” (Sem-Deus) afirma:   "A única ameaça ao futuro, para começar, é a tendência que vai contra a formação de novas famílias. Os casamentos diminuíram drasticamente. Pela primeira vez na história, há mais mulheres solteiras que casadas. Criar filhos hoje em dia é considerado um fardo inconveniente em vez de um dos maiores chamados da vida. Pela primeira vez na história, há menos lares com filhos do que sem. O instinto humano mais básico, o de formar famílias, está em grande declínio. E as implicações dessa realidade, como retratamos nesses romances, são chocantes. Por isso escolhemos a crise demográfica que se aproxima como pano de fundo das estórias.”