Sejam bem-vindos!

Amigos,
Duas vezes por mês deixarei um pequeno artigo sobre coisas que a tradição, a sabedoria popular, a imprensa, as frases prontas e os clichês nos fizeram acreditar!
Os textos anteriores ficarão em três pastas: "Vamos aos Fatos", "Deixe o Cara" e "Atualidades". Sugiro ler os artigos a partir do primeiro; e à noite tem mais clima!
A intenção é lançar o tema para discussão. E a discussão pode ficar bastante interessante. A vantagem é que daí, pessoalmente não precisaremos falar nada sério. Espero que gostem, comentem sobre o tema, curtam, acrescentem, discordem, expliquem melhor, coloquem reflexões, frases... e indiquem aos amigos para que façamos um grupo aberto pensante.
PENSAR MAIS, ACREDITAR MENOS!
Divirtam-se, Carlos Nigro

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Parte 5 (última): A adoção de leis baseadas na raça é sinal de progresso. Você acredita mesmo nisso?





Racialista: "A construção de uma sociedade justa e solidária impõe a toda coletividade a reparação de danos pretéritos perpetrados por nossos antepassados" - Luiz Fux, ministro do STF.

Blog: 1o: “Sociedade justa” não significa nada, é um termo vazio, mas com fortíssimo apelo ideológico.
2o: E como iremos identificar as pessoas com mais antepassados maus que bons? Não é possível! (Veja “Dívida histórica”).


R: “Ser branco, na sociedade brasileira, implica ter privilégios em detrimento dos direitos dos negros em geral”. - ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, no programa “Bom dia, Ministro” (11/06/2011). (Veja “Brasil, um país racista”)

B: 1o: Não é possível classificar as pessoas em brancos e negros. (Ver “Raças”)
2o: “Se, por condição imanente, eu, por branco, roubo algo que pertenceria aos negros, a única maneira de não fazê-lo — e as palavras têm sentido — seria deixar de existir. Corolário: cada branco que nasce implica negros com menos direitos; cada branco que morre, negros com mais direitos. Sou branco e nunca tive um miserável privilégio natural que se tenha exercido “em detrimento” do “ser negro”. Notem que o branco não tem como escolher. O simples fato de existir já implica atrapalhar os negros.” 
“Um dos objetivos centrais da democracia sempre foi o de acabar com a hierarquização social fundamentada em privilégios ou obrigações de nascença. Cria-se, assim, uma nova aristocracia de vítimas hereditárias e uma nova servidão cujas vítimas são indivíduos que, reduzidos apenas a membros de um grupo, carregam uma culpa igualmente hereditária, tudo isso fundamentado numa leitura parcial, mal-informada e delinqüente da história. Assim como, séculos a fio, os judeus foram considerados coletivamente culpados pela morte de Jesus Cristo, todos os doravante classificados como brancos serão eternamente culpados pela escravização de todos aqueles doravante classificados como negros em nosso país. Não haverá mais cidadãos nem haverá mais brasileiros, só os novos privilegiados e os novos responsáveis.” (1)


R: "Na história não se registra na era contemporânea nenhuma nação que tenha se erguido da condição periférica à condição de potência política mantendo no plano doméstico uma política de exclusão, aberta ou dissimulada, pouco importa, em relação a uma parcela expressiva de sua população" - Joaquim Barbosa, ministro do STF.

B: 1o: Qual “potência política” mundial tem leis racistas? 
2o: Qual política de exclusão aberta ou dissimulada existe no Brasil nos últimos séculos? (Veja “Brasil, um país racista”)


R: “As cicatrizes da escravidão devem ser revertidas em políticas” (de cotas) - Luiz Fux, ministro do STF.

B: Não seria melhor deixar cicatrizado?
O melhor caminho para o Brasil é abrir as cicatrizes da escravidão implantando leis raciais novamente no Brasil.
Enquanto muitos países se esforçam muito para construir uma sociedade coesa, integrada, com senso de unidade, o Brasil faz o oposto desprezando uma longa tradição de mistura e convivência em prol de categorias raciais e de origem.
A única forma de fazermos justiça histórica é garantindo a erradicação de qualquer forma de escravidão no nosso mundo atual e lutando para assegurar a plena igualdade de direitos (acompanhados de suas respectivas responsabilidades) a todos os indivíduos vivos ou por nascer. Temos de agir para melhorar o presente e o futuro. Com injustiças no presente não se constrói um mundo mais justo.
Precisamos cuidar do presente construindo uma sociedade democrática, onde todos sejam iguais perante a lei - esta receita funciona com excelentes resultados. Os outros caminhos já testados só produziram injustiças, guerras e genocídios.


R: Os intelectuais, os artistas, os políticos, a mídia, as ONGs, a ONU, estão todos do nosso lado! rs

B: Vocês são progressistas, certo?

R: Sim. Somos progressistas.
“Precisamos nos acostumar com os ensinamentos de sangue e raça.” (2)
As cotas raciais é uma das “ações afirmativas” (affirmative action) (3) implantadas e financiadas por ONGs internacionais poderosíssimas e pela ONU. Você sabe o que isso significa?

B: Sei, mas outro dia conversamos sobre o Governo Global.


B: Criar cotas para negros, índios, alunos do ensino público esconde o lado grave do problema: a incapacidade do poder público. Sou contra isso. É preciso melhorar o sistema e qualificar os professores - Wellington Dias, ex-governador petista do Piauí.




Ideia Central:
Dividir a sociedade em grupos raciais (uns com mais privilégios que outros), instituir Tribunais Raciais, incentivar com dinheiro público a abordagem racial na cultura e induzir o conflito racial é a agenda das pessoas progressistas.
O Brasil indo... para o brejo.




Notas:

(1)
Reinaldo Azevedo, blogueiro.


(2)
Adolf Hitler: “O cristianismo (cada pessoa especial ligada diretamente à Deus) desaparecerá da Alemanha assim como aconteceu na Rússia… A raça alemã existiu sem cristianismo durante milhares de anos… e continuará depois que o cristianismo tiver desaparecido… Precisamos nos acostumar com os ensinamentos de sangue e raça.”



(3)
“Acão Afirmativa”: Ela não é uma afirmativa embasada em argumentos. É uma afirmação que se prova a si mesma através da ação que a realiza. A simples tentativa de questionar a “ação afirmativa” é sinal de que a pessoa é preconceituosa, racista, machista, homofóbica, “ultra-direitista” e, muitas vezes alvo de calúnias, difamações e de agressão física porque só pode se tratar de uma pessoa má.

Quem a contesta é racista. Se muitos a contestam fica provado que existem muitos racistas. Se ninguém a contesta fica provado que existem muitos racistas por unanimidade. Está provada uma afirmativa por meio da ação.

“Ação afirmativa” é uma técnica de lavagem cerebral para destruir crenças ou ideias sem as colocarem em discussão; basta colocar em torno dela uma aura de bondade que só um crápula poderia questionar.

Nestes dias, num novo programa da Rede Globo “The Voice” a produção discute rever a desclassificação de “uma voz” porque descobriu-se tratar de um descendete indígena! Alavagem cerebral está concluída: (Ver: http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/campanha-na-internet-pede-a-volta-de-indio-desclassificado-ao-the-voice

Ela bóia invisivelmente no ar, ela começa a nos parecer a voz direta da realidade, com todo o prestígio do consensual, do óbvio e do indiscutível.

A estratégia é sempre a mesma: quebrar as cadeias normais de associação de idéias, inverter o senso das proporções, forçar a população a negar aquilo que seus olhos vêem e, em vez disso, enxergar aquilo que a elite iluminada manda enxergar. (Livro: Imbecil Coletivo 2. A Longa Marcha da Vaca para o Brejo e logo atrás dela Os Filhos da PUCde Olavo de Carvalho)



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Parte 4: Os negros não entram nas faculdades por racismo. Você acredita mesmo nisso?


Entrevista exclusiva com os maiores especialistas e defensores do racialismo no Brasil.






Blog: Baseado na “discriminação positiva” o governo Lula implantou, com o aval do STF, as cotas para negros nas Universidades.

Racialista: Estamos implementando o mesmo sistema já usado nos EEUU. Quer melhor exemplo que o presidente Obama e a ex-secrtária de Estado Condolezza Rice?


B: Eu gostaria, porque os dois entraram na faculdade por mérito - o sistema de cotas nos EEUU foi extinto em 1978 por causa de sua ineficiência. E são ilegais porque o racismo é crime! (1)

Por que as pessoas de pele negra, no Brasil, precisam de ajuda para entrar na faculdade?

R: Porque não existem negros nas faculdades. Você não vê isso?


BNo visual é difícil saber. Segundo levantamento da Andifes o número de negros nas universidades federais corresponde exatamente à sua participação na população brasileira, que é de 5,9% (o número não considera pardos/mestiços). (2)

Este levantamento não deveria ser considerado para só depois propor cotas para as pessoas de pele negra?

R"Essa pesquisa não podia sair desse jeito. Ela não está de acordo com a política do ministério" - integrante da equipe do ex-ministro da Justiça Tarso Genro. (3)


BA realidade, os fatos não deveriam influenciar as políticas públicas? 

Não. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.


BEntão se a proporção de negros nas faculdades está adequada, para que as cotas para negros?

R“Cotas são instrumentos compensatórios” - Celso de Mello, ministro do STF.


BPara compensar o que?

RA pobreza. “Pobreza tem cor” - Rosa Weber, ministra do STF.


BEntendi; o problema é a pobreza.

Existem negros nas classes média e alta. Um negro rico deve ter privilégios sobre um branco pobre?

RSim.


BNão entendi. (Coitado daquele nascido de pais brancos que suaram a camisa para dar estudo ao filho.)

R“Se a quantidade de brancos e negros pobres fosse aproximada, seria plausível dizer que o fator cor é desimportante." - Cármen Lúcia, ministra do STF.


BMas a quantidade de brancos e pardos pobres é maior que a de negros.

RO que queremos dizer é que na classe alta existem poucos negros. O diploma da faculdade é um mecanismo de ascenção social.


BVocês prezam muito o diploma.

R“Há graves barreiras aos negros” - Cesar Peluso, ministro do STF. Pobreza, falta de estudo de qualidade…


BMas a pobreza e a falta de estudo de qualidade são barreiras para a maioria dos brasileiros de todas as cores…

RNossa ideologia precisa de política racial.



Vocês acham certo, honesto, bom para o desenvolvimento emocional, intelectual e humano que a pessoa negra seja tratada como uma portadora de necessidades especiais? (4)
Colher eles mesmos os benefícios dos seus estudos, do seu trabalho... não era isso que a escravidão os impedia de fazer?

RSim, mas o negro precisa de nossa ajuda.


BAlguém mais quer cotas?

RNós também. “Enviei para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) proposta de criação de cotas para o ingresso de índios e negros na magistratura e entre os servidores do Judiciário” - Juliene Cunham, advogada indígena, segundo a Agência Brasil o requerimento para análise do tema foi protocolado em Maio de 2012. (5)





BPor que não mais cotas?

RSiiim. Queremos 50% das vagas nas universidades federais para aqueles que estudaram em escolas públicas e não tem conhecimento suficiente para entrar nas faculdades. (6)
Não é justo que apenas aqueles jovens que sabem mais entrem nas faculdades. Por que os últimos não podem entrar também?


BNão seria porque muitos jovens estudaram mais e muitas vezes, mas nem sempre, em escolas melhores?

RVocê tem que considerar que muitos não tem condições ambientais ou intelectuais para estudar e nossas escolas públicas são ruins.


BIsso vale para todos os alunos?

RNão, é claro que não. Tem que ser negro, pardo ou índio.


BE os brancos das escolas públicas?

REles entram depois de todos os negros, pardos e índios já tiverem entrado. Sobrando vagas nestas cotas, entram os brancos pobres, é claro! (6.2)


BCom vagas garantidas nas Universidades os pais e a população vão parar de exigir melhores escolas.

REu te pergunto: para que melhores escolas se conseguimos, por meio das cotas, diplomas universitários para todos!


BGenial.

Mais cotas?

RSiiiiiiiiiiim. Mais 25% de cotas para alunos carentes (renda de até 1,5 salário mínimo percapta). “É mais do que justo aquele que não pode pagar uma particular estar na universidade federal” - Paulo Paim, senador pelo PT-RS. (6.4)


BCotas para alunos de escolas pública e cotas para alunos carentes?

RComo disse, porque os alunos carentes não tem condições para estudar e nossas escolas públicas são ruins.


BPelo menos entre os cotistas serão selecionados os melhores para as universidades federais.

RDesculpe, mas você não entendeu. Em nosso projeto de lei, os cotistas estão dispensados de fazer o vestibular (6.3). Vestibular é um estímulo à competição, concorrência, meritocracia... nós queremos mudar o mundo - “Um outro mundo é possível!”


BVeja se entendi:

As pessoas de pele branca (inclusive os pobres - que são maioria) devem procurar as melhores escolas particulares (conteúdo de alto nível) porque farão uma prova e os mais bem preparados entrarão em 50% das vagas. As melhores escolas serão as mais disputadas (competição).
As pessoas de pele escura devem procurar as piores escolas públicas (conteúdo de baixo nível) porque as notas que tirarem nesta escola valerão para os outros 50% das vagas. As piores escolas serão as mais concorridas. (7)

RMas valoriza a igualdade de oportunidades porque assim, tanto os bem preparados quanto os despreparados, terão a mesma chance de entrar nas faculdades.


A cor da pele (a raça) revelará o nível de conhecimento das pessoas.

RMas no momento em que todos tiverem seus diplomas isso acaba porque todos terão o mesmo diploma!


BVocês tem certeza que vocês defendem isso para o bem dos negros e dos pobres?

RÉ claro! Com o mesmo diploma eles disputarão os mesmos empregos, não é incrível?


BÉ.

Como na espécie humana não existem raças; como não existem critérios físicos para definir raça; vocês tiveram a ideia de criar o TRIBUNAL RACIAL que tem o poder de determinar a “raça” de cada pessoa...

R“É difícil justificar a ideia do tribunal racial” - Gilmar Mendes, ministro do STF.


BÉ.

RMas você queria que fizéssemos o que? Não tínhamos outra alternativa para categorizar as pessoas em raças.


BEntendo. Vocês inventam que existem raças e depois o Estado  define quem será negro, índio ou branco.

Não é possível que isso possa produzir favoritismos e abuso de poder?

RNão. O TRIBUNAL RACIAL recebe forte formação ideológica para fazer o certo: tirar os negros e outros discriminados da pobreza.


BLeis de estímulo à mentira, à trapaça, aos favorecimentos, à divisão da sociedade. O aluno se autodefine como pardo; o aluno afirma que sua renda familiar precata é de até 1,5 salário mínimo (haverá um setor nas faculdades para averiguar?). O aluno pode omitir que fez cursinho privado…

Para resolver o problema das escolas públicas ruins vocês aprovaram a lei de cotas nas faculdades para estes alunos. Ao invés de melhorar as escolas o governo preferiu piorar as  universidades. (8)

RAs faculdades já estão se organizando para providenciar aulas de português, matemática e outras disciplinas para estes alunos acompanharem a turma.


BAlguns cotistas podem conseguir acompanhar o restante da classe; mas se temos metade da classe cotista o conteúdo deverá ser simplificado - talvez dois conteúdos simultâneos?

RMais ou menos.


BTemos faculdades de nível internacional como o ITA. Será que os cotistas acompanharão o alto nível dos brancos, digo, dos não-cotistas?

RO ITA não está incluso. Temos reconhecimento internacional em Engenharia Aeronáutica. Fomos alertados que se rebaixássemos o padrão de exigência haveria queda da qualidade muito rapidamente e os melhores alunos iriam para outros cursos; por outro lado, se mantivéssemos a excelência  muitos alunos não acompanhariam o curso e daí formaríamos menos engenheiros aeronáuticos, por fim o Brasil perderia a competição internacional.


BA Medicina da UNIFESP está nas cotas?

RSim, é claro!


BSerá que os cotistas não serão os piores alunos e com risco de não se formarem?

RA única explicação seria preconceito ou racismo. É bom os professores tomarem cuidado com este tipo de perseguição.


BMas não é necessário ter uma boa quantidade de conhecimento para aproveitar melhor a faculdade e assim adquirir mais conhecimento e se tornar competente para só depois ascender socialmente e ganhar dinheiro?

Não poderia acontecer que com o mesmo nível de escolaridade (diploma), os cotistas venham a receber salários menores?

RA única explicação seria preconceito ou racismo.


BNão seria porque o nível de escolaridade (diploma) não mede o nível de qualidade e ainda, que o diploma não informa qual é o emprego efetivo que as pessoas venham a trabalhar?

RNão posso acreditar nisso.


BEntendo.

E se os cotistas tiverem pior desempenho nas faculdades?

REstará caracterizado o racismo - e isso é crime.


BÉ possível até que alguns professores ajudem os cotistas para depois não serem acusados de racistas ou perseguidor de cotistas.

RÉ bom ficarem espertos.


BÉ possível que não saiam bons profissionais e daí tenham dificuldades em arrumar bons empregos.

RRealmente estamos prevendo que isso possa acontecer. Por isso “o governo federal está preparando (agora já aprovado) um programa nacional de ação afirmativa com cotas para negros não apenas restritas às universidades - incluirão ações no mercado de trabalho. As medidas devem atingir três áreas: educação, trabalho, comunicação e cultura. Na área educacional, a ideia é ampliar o sistema de cotas para todas as universidades públicas federais, inclusive nos cursos de mestrado e doutorado. Já no mercado de trabalho, seriam adotadas ações relativas aos concursos públicos, cargos comissionados e até para as empresas que prestam serviços ao setor público.” - Mário Lisboa Theodoro, secretário-executivo da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, em 29/5/2012. (9)


BPara as vagas de trabalho no setor público, o problema está resolvido: cotas. E para as vagas de trabalho no setor privado?

RJá contamos com leis de cotas como as que já existem para deficientes físicos. (7)


BMas são casos diferentes. Os negros não são deficientes!

RÉ claro que não; não foi isso que eu quis dizer. Mas eles precisam.


BMas não corre o risco desses profissionais, quando empregados, passarem a impressão, para os clientes e para os próprios colegas de profissão, de serem menos competentes? (4)

RIsso é racismo!


BVocês tem certeza que vocês fazem tudo isso para unir a sociedade, para combater o racismo, certo?

RRsrs


BHumm. Bem, se existem cotas para negros significa que, por mérito, por competência, o cotista não entraria na faculdade e nem arrumaria emprego.

RSim. Mas existirão negros que farão tudo por mérito próprio.


BCom certeza e existem desde o período da escravidão - como o nosso maior escritor brasileiro, Machado de Assis (1839-1908).

Mas como o cliente ou o colega de profissão do profissional negro saberá?

RÉ só o negro dizer que no caso dele foi por mérito e não por cotas.


BSimples. E para o das cotas? 

REle pode mentir e dizer que não foi das cotas.


BSimples também. Assim as pessoas não poderão saber. Rsrs
Epa, mas agora não se pode saber se o negro que estudou e por mérito próprio conseguiu um bom emprego está falando a verdade ou mentindo! 

RÉ uma falha das cotas.


BEntão vocês acreditam que um negro tem capacidade por méritos de entrar na faculdade e conseguir um bom emprego?

RÉ evidente. Só um racista idiota pensaria que não!


BConcordo. Então você acha que com uma boa escola ele tem condições de vencer sozinho, como os brancos fazem?

RÉ claro que sim.


BSeria bom até para a autoestima, né?
Então por que as cotas?

ROs negros e os alunos das escolas públicas entram mais nas faculdades de humanas (história, geografia, sociologia, filosofia, ciências sociais, psicologia). Nas mais disputadas e com melhor retorno financeiro (medicina, engenharia, direito) eles não conseguem entrar.


BPor que?

RPorque estas faculdades exigem um maior conhecimento em português, redação e compreensão de texto, inglês, matemática, ciências e raciocínio científico.


BComo é bom conversar! Agora eu entendi.
Por que não ensinar muito bem, dar muita ênfase a estas matérias nas escolas públicas? Estudarão as matérias mais importantes para estas profissões, terão mais condições de competir e com seus próprios méritos entrarão nas faculdades e ganharão mais dinheiro!!!

RVocê não entendeu nada:
A função da escola pública - e também da privada - é formar um cidadão consciente de seu papel social. Não queremos formar mão-de-obra barata para o sistema capitalista. Os professores de todas as matérias devem ensinar consciência social e racial através de noções de filosofia, ética, moral, sociologia, ecologia, iniciação sexual, diversidade sexual, além de história, geografia, sempre pelo prisma da dialética histórica (10) - é claro.


BEnsinando português (interpretação de texto e literatura), matemática e ciências é difícil ensinar estas coisas...

RNão nos subestime. Nós estamos evoluindo nestas matérias também. Ensinamos sociolinguística: a partir de 2011, o MEC adotou nas escolas o livro didático Por Uma Vida Melhor e nele nós ensinamos que não existe em gramática ou em compreensão de texto o certo e o errado - tudo é certo! (11)


BEste livro não é uma apologia da ignorância?

RVocê leu o livro?


BNão.

R“Há uma diferença entre o Hitler e o Stalin que precisa ser devidamente registrada. Ambos fuzilavam seus inimigos, mas o Stalin lia os livros antes de fuzilá-los. Essa é a grande diferença que deve ser considerada. Estamos vivendo, portanto, uma pequena involução, estamos saindo de uma situação stalinista e agora adotando uma postura mais de viés fascista, que é criticar um livro sem ler”. Fernando Haddad (ministro da Educação), em agosto de 2011.


BNossa! Não esperava que não ter lido o livro - apenas trechos -  fosse um bom gancho para uma defesa do comunismo, moralmente superior ao fascismo; fuzilar depois de ler seria uma “evolução” porque as pessoas foram fuziladas por bons motivos - a revolução para o comunismo.

"Eu posso falar 'os livro'?” (11) 

R“Claro que pode." (11)
"Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico." (11)


BE falar português corretamente?

RÉ coisa da elite branca burguesa.


BNos EEUU, os bons alunos negros são ridicularizados pelos outros negros porque isso é da cultura branca.

REles tem toda razão.
"A classe dominante utiliza a norma culta principalmente por ter maior acesso à escolaridade e por seu uso ser um sinal de prestígio." (11)
Impor a norma culta, classificar em certo ou errado algo que sempre é muito relativo, inclusive nas ciências, humilha o aluno ignorante.


BEnsinar a norma culta, matemática, ciências, é humilhar o aluno.

Relativismo. Apologia da ignorância.
Então, para que escola?

R1o) Formar um cidadão que tenha “consciência crítica”.


BEu acreditava que a educação libertasse as pessoas.

RSó quem tem “consciência crítica” é livre.


B"CONSCIÊNCIA CRÍTICA" quer dizer a completa incapacidade de raciocinar criticamente, isto é, de pensar por si mesmas, articular argumentos e formar juízos objetivos e imparciais sobre a realidade. "Consciente" quer dizer sem consciência e "crítico", acrítico. Inclusive afirmar isso é típico de alguém sem “consciência crítica” porque não está catequizado. - Alceu Garcia.

R2o) A escola deve estimular a cooperação para transformar o mundo! (9) Não pode estimular a competição e a meritocracia que são estímulos ao individualismo.


BEntendi. Não é justo que o mais competente ganhe mais.

RClaro que não.
3o) Matemática, ciências, a norma culta, não servem para a formação do cidadão consciente de seu papel transformador da realidade (13). Servem apenas para atender a demanda da sociedade capitalista burguesa.


BNas favelas as ONGs ensinam as crianças a jogar futebol, basquete (tênis não porque o Lula disse para um adolescente da favela que “é esporte da elite”); a tocar instrumentos feitos de latas e material reciclado (às vezes, instrumentos de verdade), pintura, teatro - nada de ONGs ensinando português, literatura, matemática, ciências...

RSim, é encantador. Às vezes os telejornais fazem matérias mostrando as ONGs neste bárbaro papel social.


BRealmente. Eu só vejo a apresentadora mais feliz quando anuncia que geou em São Leopoldo, na Serra Gaúcha.

R4o) Dinheiro não é tudo. Pesquisas dos governos de Cuba e da Coréia do Norte mostram que as pessoas são muito felizes mesmo com 15 dólares mensais! Lá o partido faz tudo por elas, (12) não é incrível?


BVou reler a entrevista. Eu tinha entendido que as cotas eram para diminuir a pobreza e facilitar o acesso às classes sociais mais altas. E eu que, num raciocínio simplista, pensava que ganhando dinheiro as pessoas ficassem menos pobres!




Ideia Central:

A ideia de cotas para entrar em faculdades ou para trabalho é ligada visceralmente a uma doutrinação socialista, obviamente avessa à meritocracia e à competição.
As cotas servem para que o Estado socialista possa derrubar as liberdades individuais, a noção de responsabilidade individual, responsabilizar o capitalismo pelo caos e com isso acabar com a desigualdade social.



Na última parte da entrevista descobriremos para onde o Brasil vai.





Notas:


(1)

Ação Afirmativa ao Redor do Mundo, de Thomas Sowell. (Veja  mais em O Brasil é um país racista? notas 4).
Mais em:


(2)

O economista Marcelo Néri, pesquisador do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas, produziu um estudo sobre a população universitária brasileira de acordo com a cor. Usando dados do IBGE, Néri descobriu que, comparados a brancos e pardos, os negros são, de longe, o contingente que apresentou as maiores taxas de crescimento nas universidades públicas, entre 2001 e 2003. Nesse período, o número de estudantes negros de nível superior cresceu 55,1%, contra 14,9% a favor dos pardos e 10,4% para os brancos.
Os negros não estão sub-representados nas universidades brasileiras. Segundo o estudo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) de 2005, o número de negros nas universidades federais corresponde exatamente à sua participação na população brasileira, que é de 5,9% - o número não considera pardos.


(3)

O que fazer quando se tem como principal política social um programa chamado Fome Zero e o melhor instituto de pesquisas oficiais descobre que o problema do país é o oposto - a obesidade? O que fazer quando uma proposta de reforma universitária é assentada sobre a premissa de que os negros só terão acesso ao ensino superior por meio de cotas e se descobre que a representatividade dos negros nas escolas superiores federais já é igual à existente na sociedade brasileira? Bem, no governo do PT essas perguntas tiveram uma mesma e surpreendente resposta: mudem-se as pesquisas, mantenham-se as políticas erradas e tome mistificação para cima do respeitável público!


(4)

Monografia: Política de Cotas: Solução ou Discriminação?  Nilcéia Nazareth Nigro. Monografia realizada no Curso de Pós-Graduação em Docência no Ensino Superior – C.P.P.G - UniFMU, São Paulo; 2006.


(5)

Divisões Perigosas: Políticas Raciais no Brasil Contemporâneo, publicado pela editora Civilização Brasileira.


(6)

Projeto de lei da deputada Nice Lobão (PSD-MA), mulher do ministro Edson Lobão (Minas e Energia; afilhado de José Sarney), já aprovado no Senado, na Câmara e pela presidente Dilma determina que:
  1. As universidades e os institutos técnicos federais reservem 50% das vagas para alunos oriundos das escolas públicas.
  2. Mas tem der ser preenchida por autodeclarados negros, pardos e indígenas automaticamente, sem nenhuma seleção. Se não houver mais negros, pardos ou indígenas dispostos a entrar nas cotas, as vagas que sobrarem poderão ser preenchidas pelos brancos pobres. 
  3. Havendo mais candidatos do que vagas, eles serão selecionados segundo o seu “Coeficiente de Rendimento” (média das notas) no ensino médio medido pelas próprias escolas - sem vestibular nem Enem.
  4. Metade daqueles 50% de vagas reservadas a escolas públicas terá de ser preenchida por alunos oriundos de famílias com renda familiar de até R$ 933,00 por pessoa.
Cabe a cada Universidade investigar se a informação é verdadeira. Como será feito isso? É claro que ninguém sabe!
Mais aqui: Folha:


(7)

O aluno que tiver um bom desempenho numa escola relapsa e pouco exigente levará vantagem ao competir com o que tiver um desempenho médio numa escola séria e exigente.


(8)

Entre os estudantes do ensino superior, 38% não dominam habilidades básicas de leitura e escrita, segundo o Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf), divulgado pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM) e pela ONG Ação Educativa.

Em 2001/2002, 2% dos alunos universitários tinham apenas rudimentos de escrita e leitura. Em 2010, essa porcentagem havia saltado para 4%. Vale dizer: 254.800 estudantes de terceiro grau no país são quase analfabetos. Espantoso? Em 2001/2002, 24% não eram plenamente alfabetizados. Um número já escandaloso. Em 2010, pularam para 38%. Isso quer dizer que 2.420.600 estudantes do terceiro grau não conseguem ler direito um texto e se expressar com clareza. É o que se espera de um aluno ao concluir o… ensino fundamental! (Por Reinaldo Azevedo)


(9)

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1168874-dilma-vai-criar-cota-para-negro-no-servico-publico.shtml


(10)

Dialética histórica é, segundo Marx, a história das lutas de classes rumo à revolução do proletariado e ao comunismo - “o Estado perfeito”. Uma dialética que não busca entender o mundo, mas transformá-lo. Só o proletariado conseguiria enxergar - embora tenha sido inventada por burgueses (Vila Madalena, Ipanema, Manhatan, Saint-Germain) que, até hoje, são os únicos que acreditam nisso!


(11)



(12)

O partido único / governo dá dinheiro, comida racionada, escolhe o que podem ler, dizer, fazer, só não deixa os cidadãos saírem da ilha - os que são capturados nesta tentativa são presos ou fuzilados.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Parte 3: O Brasil é um país racista

Entrevista exclusiva com os maiores especialistas e defensores do racialismo no Brasil.







Blog: Aprendemos sobre a falta de significado de “raça” e sobre a falácia da “dívida histórica”.
O Brasil é um país racista?

Racialista: É claro que é.


B: Mas o Brasil não tinha leis racistas desde 1888.

RSim, não tínhamos leis racistas, mas era um racismo pior, não declarado, hipócrita, sinuoso, imperceptível, que permeava toda a sociedade brasileira.


BUm racismo não declarado é pior que um racismo declarado e amparado por leis racistas?

RSim, porque passa a nítida impressão de que ele não existe.

BEntendi: um racismo legal é preferível a um racismo ilegal. 

RO Estado brasileiro não era racista, mas os brasileiros são racistas.


BPara afirmar que a população de um país é racista é preciso constatar que o racismo seja crença amplamente aceita por uma parcela significativa da população e da opinião pública e fortemente inscrita, senão nas leis, nos costumes, certo?
No Brasil não existem guetos raciais, não existem grupos racistas organizados, não existem livros de apologia racial...

RIsso não existe; por isso a falsa impressão de que o Brasil não é racista!
Você vai acreditar nos seus sentidos e na sua inteligência para perceber a realidade ou vai acreditar no que nós dizemos?


BEu acredito na minha capacidade de analisar o mundo. Mas entendo que acreditar no que vocês dizem exige menos e prova que se trata de uma pessoa boa.

RE você ainda terá mais amigos legais: artistas e intelectuais.


BMe sinto solitário e triste.
Vocês tem exemplos de racismo no Brasil?

RSim. Repare; nas casas o negro era sempre o empregado. Nas empresas, era quem fazia o trabalho braçal, raríssimamente ele era o presidente ou membro da diretoria.


BNão seria porque são pobres e desqualificados?

RExato! A maioria dos negros é pobre, comprovando a desigualdade social motivada pela raça.


BA maioria dos brancos é pobre.
RO que queremos dizer é que há desigualdade social porque existem poucos negros ricos, empresários, presidentes de empresas... E estes poucos só conseguiram chegar lá por esforço pessoal.


BSer bem sucedido por esforço próprio é ruim?

RSim, porque prova que o Estado não fez nada por ele.


BEntendi. O Brasil é um país racista porque existem poucos negros ricos.

RSim. (1)


BMas para que esse efeito econômico pudesse ser explicado pelo racismo, seria preciso provar a presença atuante de uma ideologia racista na sociedade brasileira, a presença de milhões de pessoas prejudicando negros, em dose capaz de produzir esse resultado pelo acúmulo de exclusões propositais dos negros pelos brancos nos empregos, nas vagas escolares, etc. e isso não existe.
Conheci poucas pessoas que fizessem comentários racistas. Não conheço e nunca conheci alguém que prejudicava negros na escola, nas empresas, nos hospitais...

RComo te disse, o racismo no Brasil sempre foi algo muito sinuoso, discreto, hipócrita - as pessoas fingem que não são racistas, por isso não fazem nada e não dá para perceber.


BÉ, o brasileiro disfarça bem. É muitíssimo comum a união de pessoas de cores de pele diferentes.

RSim, mas só entre os pobres. Os ricos são racistas, por isso não casam com negras.


BMas você não disse que os negros são pobres? Casamento de homem rico com mulher pobre só acontece em novelas! As pessoas se casam por afinidades culturais. 
“Se o Brasil viveu a inequívoca violência da escravidão, também tem na sua história o impulso para a integração e a miscigenação. Negros, brancos, índios, pardos, cafuzos, caboclos, mulatos, pardos, moreninhos e outros são os descendentes da beleza da miscigenação brasileira” - Ali Kamel. (2)
Os brasileiros acreditavam, até 10 anos atrás, que era um cartão de visitas para o Brasil a ideia de que aqui é um país de convivência harmoniosa e misturada entre raças, povos, culturas e religiões; que os brasileiros não ligavam para essas coisas.
Você acha que as campanhas de esclarecimento, de conscientização e as ações afirmativas promovidas pelo governo brasileiro e muitas ONGs estão conseguindo acabar com esta ideia tão enraizada, mas, pelo que estamos aprendendo com vocês, falsa?


RSim. Os brasileiros estão ficando cada vez mais conscientes de suas diferenças, se identificando nos grupos organizados da sociedade civil (negros, índios, gays, mulheres, idosos, funcionários públicos) que é a instância adequada para defender seus próprios interesses e cobrar do Estado privilégios e direitos exclusivos por tudo que a sociedade lhes tirou e lhes fez sofrer. Isso é Justiça Social.



BOs brasileiros não agem como racistas, não parecem racistas, mas no fundo são racistas, é isso?

RSim. Já conheci e fiquei sabendo de pessoas racistas.


BA existência de pessoas racistas não faz um país racista. Que culpa o Brasil ou os brasileiros podem ter se um Zé Mané é racista? Azar o dele; se ele agir e prejudicar alguém por racismo ele será criminalizado e isto já existe na constituição. (3) (link Veja mais em “Temos de acabar com os preconceitos?”).
No Brasil, uma pessoa que age ou até mesmo tem opiniões racistas é fortemente contestada até pelos amigos e pela própria família. É impossível e nem deve ser um objetivo do Estado - porque será em vão e sobrevirá outras ideias estatais obrigatórias - mudar a maneira de pensar destas pessoas. A existência de pessoas com preconceitos contra homossexuais; paulistas, nordestinos ou sulistas; gordos, loiras ou “brancos de olhos azuis”; judeus, evangélicos, muçulmanos ou ateus; não faz um país ser categorizado por tudo isso.
Todos são iguais perante a lei.

RSempre tem alguém que aparece com este argumento.” - Miriam Leitão, jornalista.


B“Ora, numa democracia, o princípio que estabelece que todos os homens são iguais perante a lei — a Justiça — é a garantia de que o pequeno não será punido porque pequeno nem poupado de seus crimes; em que o grande não será protegido porque grande, mas também não terá seus direitos aviltados por isto.” - Reinaldo Azevedo, jornalista e blogueiro.

R“Mas o tratamento diferenciado aos discriminados existe exatamente para igualar oportunidades e garantir o princípio constitucional.” - Miriam Leitão, jornalista.


BVeja, concordo que seja tarefa do Estado proporcionar igualdade de oportunidades: educação e saúde pagas pelo Estado (a péssima qualidade é que é discriminação); distribuição de cestas básicas para ajudar as pessoas a sair da miséria; crédito a juros baixíssimos (até mais baixos dos que o BNDES dá para as grandes empresas) para casas próprias e pequenos negócios.
A intenção é melhorar suas condições para que possam prosseguir com suas próprias forças - sempre que possível -, mas sem prejudicar todas as outras pessoas. A busca da iguadade de oportunidades e tratamento diferenciado não pode ser feita subtraindo um direito de todos (universal).

RQuerido, este é um princípio constitucional, é o Artigo 3º de nossa constituição. Se você não sabe: 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.


BSeria lícito, no entanto, aplicar o que prevê os três incisos discriminando pessoas, seja essa discriminação positiva ou negativa? O inciso seguinte do mesmo artigo responde:
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
BVocês não estão contra a lei?

RA sociedade civil organizada progressista está fortemente mobilizada para a adoção das novas leis contra esta lei conservadora.


B“O princípio da impessoalidade na administração pública, consagrado na Constituição, serve - digo serveria - tanto para coibir o patrimonialismo tradicional quanto para conter a tentação contemporânea de subordinar os interesses gerais difusos aos interesses ideológicos organizados.” - Reinaldo Azevedo, jornalista e blogueiro.

RCriamos e aprovamos o Estatuto da Igualdade Racial, o Ministério da Integração Racial e agora as leis de Cotas Raciais com a chancela do STF.
Por que você não desiste? Todos pensam como nós - o governo, os parlamentares, o STF, os jornalistas, os intelectuais, os artistas, os grupos organizados da sociedade civil enfim, todas as pessoas de bem... O Brasil mudou. Os conservadores perderam, os progressistas venceram.
"Basta ver o caráter marginal daqueles que se opõem ferozmente a essas políticas". - Ricardo Lewandovski, ministro do STF.


BAs leis raciais no Brasil é uma vitória dos políticos progressistas, certo?
RÉ claro! “É natural que as ações afirmativas sofram um influxo de forças contrapostas e atraiam resistência da parte daqueles que historicamente se beneficiam da discriminação de que são vítimas os grupos minoritários” - Joaquim Barbosa, ministro do STF.


BComo ocorre esta discriminação aos “grupos minoritários”? Quem são os beneficiados e quais são estes benefícios?

RÉ difícil dizer. “Discriminação produz efeitos perversos” - Joaquim Barbosa, ministro do STF.


BQuais são estes efeitos perversos?
O preconceito racial de alguns não leva a desigualdades sociais. (4)
É a falta de qualidade nas escolas, é a falta de conhecimento que leva a desigualdades sociais.
Como o Estado brasileiro vem trabalhando para despertar a conscientização racial?

RInventamos o "Dia da Consciência Negra"; cotas raciais nas faculdades e concursos públicos, verbas do Min. Cultura específicas para filmes, livros, peças que façam apologia da raça negra. Um artigo do Estatuto da Igualdade Racial elaborado pelo companheiro Paulo Paim determinava que as certidões de nascimento, os prontuários médicos e outros documentos oficiais informassem a raça de seu portador. Era uma forma bem eficiente para que cada brasileiro se conscientizasse e não se esquecesse pelo resto da vida que pertence a uma raça e também permitia saber a raça dos outros.  O documento atestava a sua raça, como um sêlo. Infelizmente setores atrasados de nossa sociedade foram contra e por causa do Sen. Demóstenes Torres foi retirado. (5)


BBela mulata!
Isso, na prática, é um exercício de discriminação racial, sancionado pelo estado.

R: Esta não é uma ideia brasileira.


BConcordo; o Brasil não é o primeiro país do mundo a promover a discriminação racial. Os nazistas, o governo do Apartheid na África do Sul e vários países africanos, atualmente, também identificam as vantagens deste modelo. Desta forma é possível identificar quem são os bons (as vítimas) e quem são os maus (os culpados).

REu diria que é uma forma eficiente de categorizar as pessoas e sabermos a que grupo cada um pertence.


BÉ comum que, desta política, decorram conflitos sociais, guetos,  campos de concentração...

RSão apenas efeitos colaterais para a construção de “um mundo melhor”.


BÉramos um país miscigenado, nos orgulhávamos do sincretismo religioso, da cultura, da música com características da cultura africana e com forte aversão a pessoas racistas. Agora todos os racistas tem seus motivos incentivando o orgulho e a divisão - a desconstrução da identidade nacionala construção da identidade racial.

REstamos trabalhando muito para isso. É importante mudar esta cultura brasileira.
“Na área cultural, há o objetivo de direcionar recursos para a produção de filmes sobre a temática racial” - Mário Lisboa Theodoro, secretário-executivo da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, em 29/5/2012. (6)


BNos EEUU, devido às leis racistas que existiram após o fim da escravidão, ainda é comum manifestações de racismo entre brancos e negros para fortalecer a identidade racial.
Os EEUU deveriam imitar o Brasil, mas o complexo de inferioridade em relação aos EEUU (paradoxalmente pelos anti-americanos) fazem com que queiramos implantar o racismo deles aqui. A ideia é essa?

R“Não é racismo quando um negro se insurge contra um branco. A reação de um negro de não querer conviver com um branco, ou não gostar de um branco, eu acho uma reação natural. É natural que aconteça, porque quem foi açoitado a vida inteira não tem obrigação de gostar de quem o açoitou.” - Matilde Ribeiro, então ministra da Integração Racial (!), em entrevista à BBC, dia 27 de março de 2007. (7)


BMas não existe ninguém que foi açoitado a vida inteira. O último açoitado foi no séc. XIX.

RO que eu quis dizer é que as dificuldades que os negros têm na vida são culpa dos brancos.


BSe eu arrumasse uma desculpa qualquer pra dizer que “é natural” haver racismo de brancos contra negros, seria preso - crime inafiançável. Mas eu não diria isso por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não é o que penso. Em segundo, porque, conforme está claro, se pensasse, não seria idiota de me expor ao risco de ser punido. - Reinaldo Azevedo, jornalista e blogueiro.
Justificar o racismo de negros contra brancos traz bons resultados para o Ministério da Integração Racial?

RChamamos isso de “discriminação positiva”.


BE é com base na “discriminação positiva” que agora temos leis que privilegiam negros para entrar nas faculdades. Os negros não entravam por racismo?


Ideia Central:
O Brasil tinha leis baseadas em raças até 1888, portanto era um país racista.
Não existe nada para que se possa alegar que os brasileiros sejam racistas.
As atuais leis que privilegiam negros “não são racistas”. Seriam se favorecessem os brancos. Cuma!?!
O “Brasil racista” é um conceito ideológico. 

Continua... Cotas Raciais!


Notas:
(1)
Qualquer principiante de metodologia científica sabe que oferecer uma estatística como se fosse ela própria sua auto-explicação causal é, cientificamente, uma fraude.

(2)
Não somos racistas, de Ali Kamel.

(3)
Carta Constitucional; inciso 42 do Artigo 5º;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
A Lei, no caso, é a 7.716, de 1989, que teve dois artigos alterados pela 9.459, de 1997. O Artigo 20 proíbe:
“Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.”

(4)
O economista americano Thomas Sowell, pesquisador de políticas públicas da Universidade Stanford e negro, escreveu o livro Ação Afirmativa ao Redor do Mundo, no qual conclui que essas políticas de cotas fracassaram em todos os países onde foram adotadas. Aumentou um pouco a inserção dos negros, apenas um pouco, e a um custo desastroso. Nos Estados Unidos, onde as cotas raciais começaram a ser banidas em 1978, houve prejuízos às universidades e empresas sem que a situação socioeconômica dos negros fosse alterada sensivelmente. Desde 1978, por decisão da Suprema Corte, elas são proibidas, seja em universidades, empregos públicos, seja em programas televisivos. Permite-se que haja políticas de incentivo à promoção dos negros, mas nada parecido com cotas raciais, pelo fato elementar de que são, obviamente, inconstitucionais. Na África do Sul, o resultado foi um desastre. A qualidade do serviço público despencou e o desemprego entre os negros subiu de 36% para 44%. Na Índia, as conseqüências foram ainda mais amargas. Numa única escola de medicina do estado de Gujarat, onde havia sete vagas destinadas aos dalits, 42 pessoas morreram num protesto contra as cotas.

(5)

Abaixo como o PT queria:

Estatuto da Igualdade Racial.
SUS, medicina e biologia exclusivos dos negros
Art. 10. O direito à saúde dos afro-brasileiros será garantido pelo Estado mediante políticas sociais e econômicas destinadas à redução do risco de doenças e outros agravos.Parágrafo único. O acesso universal e igualitário ao Sistema Único de Saúde para promoção, proteção e recuperação da saúde da população afro-brasileira será proporcionado pelos governos federal, estaduais, distrital e municipais com ações e serviços em que sejam focalizadas as peculiaridades dessa parcela da população.
Art. 11. O quesito raça/cor será obrigatoriamente introduzido e coletado, de acordo com a autoclassificação, em todos os documentos em uso no Sistema Único de Saúde, tais como:
I – cartões de identificação do SUS;
II – prontuários médicos;
III – fichas de notificação de doenças;
IV – formulários de resultados de exames laboratoriais;
V – inquéritos epidemiológicos;
VI – estudos multicêntricos;
VII – pesquisas básicas, aplicadas e operacionais;
VIII – qualquer outro instrumento que produza informação estatística.




(6)

(7)


Você é racista?
SIM
NÃO


Você acha que a maioria dos brasileiros são racistas?
SIM
NÃO


Quantas pessoas racistas você já conheceu na vida?
0 a 5
5 a 10
10 a 20
mais de 20