Sejam bem-vindos!

Amigos,
Duas vezes por mês deixarei um pequeno artigo sobre coisas que a tradição, a sabedoria popular, a imprensa, as frases prontas e os clichês nos fizeram acreditar!
Os textos anteriores ficarão em três pastas: "Vamos aos Fatos", "Deixe o Cara" e "Atualidades". Sugiro ler os artigos a partir do primeiro; e à noite tem mais clima!
A intenção é lançar o tema para discussão. E a discussão pode ficar bastante interessante. A vantagem é que daí, pessoalmente não precisaremos falar nada sério. Espero que gostem, comentem sobre o tema, curtam, acrescentem, discordem, expliquem melhor, coloquem reflexões, frases... e indiquem aos amigos para que façamos um grupo aberto pensante.
PENSAR MAIS, ACREDITAR MENOS!
Divirtam-se, Carlos Nigro

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Amor - Parte 2: All you need is love

“All you need is love”.
Você acredita mesmo nisso?
Amor - Parte 2



Amor é o que precisamos para tratar nossa sensação de desamparo e incompletude. Procuramos amor nas pessoas que ofereçam paz, aconchego, tranqüilidade, harmonia. (1) Então sentimos prazer decorrente de se estar mal, doente.
As pessoas não querem amor. As pessoas precisam de amor.
Esta é a fraqueza humana. Muitas vezes se torna uma doença causada pelo complexo materno (o desejo de fracassar, do aconchego da mãe).

O amor é o remédio para ficarmos saudáveis, ativos, independentes; ou, pelo menos, para aliviar o sofrimento.

Como todo remédio deve ser prescrito somente em casos de necessidade, na menor dose e pelo menor tempo possível porque tem efeitos colaterais muito prejudiciais, vicia e pode nos tornar dependentes!
O amor é regressivo, mimado, chato, monótono, repetitivo, enjoativo, egocêntrico. Infantiliza, impede o desenvolvimento da personalidade.
“Bobagem, impossível, é exatamente o contrário!”
Vamos lá!




Indivíduo A precisa de amor porque está carente, precisa de ajuda. Está sem autonomia.
Indivíduo B tem amor para oferecer a A, quer cuidar de A.

Comentário 1)
B não pode se aproveitar de sua posição superior para oferecer a A o que quiser. O amor não pode ser imposto como a história da velhinha que não queria atravessar a rua:
B: “Só fiz isso porque te amo!”
A: “Mas eu não queria! Esqueça de mim!”
Isto acontece porque não é possível compartilhar afetos. B acredita que sabe o que é melhor para A - sua posição superior lhe dá esse crédito. Mas cada um sente de uma forma. B espera que A sinta o que ele sente e, por isso faz o que gostaria que fizessem para ele.
O amor já era!


  A deve pedir ajuda, pedir amor a B. B ama A.
  B deve servir a A sem esperar nada em troca.
“Nem um ‘muito obrigado’?”
Nem um “obrigado”.


Comentário 2)
O amor é usado como uma troca de afetos onde A ama B esperando (mesmo sem saber) ser amado por B. O amor estimula a vaidade porque espera esta reciprocidade.
Então B está carente (não assume porque está em posição superior) e ama A (o inferior) de forma que receba seu amor de gratidão.
B trabalha com seu amor para possuir, subjugar, escravizar, para que A passe a ser dependente de seu amor e, assim, possa continuar a receber o amor de A.
O alcoólatra não é livre para apreciar o álcool. O dependente de amor e de amar não é livre para apreciar o amor.
O amor, num círculo vicioso para o buraco negro!


Comentário 3)
B amará, cuidará e fará bem para A se, com suas atitudes, ajudar A a tornar-se saudável, seguro, potente e independente de seus cuidados, de seu amor e de qualquer amor. O amor é necessário para que A consiga se recuperar e tenha condições de se manter e se desenvolver com o seu próprio esforço.
B só estará apto para esta tarefa se estiver saudável, livre, sem a necessidade ou o desejo de amar e/ou de ser amado; sem o medo da ruptura e do ciúme, sem a esperançade ser correspondido.
Amar com medo e esperança é estar a um passo da maldade e do ódio.
A alegria, a potência, a felicidade, a serenidade só existem onde não houver medo, esperança e amor.

Assim, saudavelmente, surge a INDIVIDUALIDADE

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1. Flavio Gikovate

LEIA TAMBÉM: Amor - Parte 1: O amor é um sentimento humano!

Um comentário:

  1. Em especial, concordo com o comentário 3. Acredito no amor, desde que, contribua para o crescimento do outro, que não cerceie o outro e que ambos curtam a vida e, de preferência, com muito humor. Ah!... tb acredito que o meu cão me adora! pelo menos, é o que demonstra... bjos

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