Sejam bem-vindos!

Amigos,
Duas vezes por mês deixarei um pequeno artigo sobre coisas que a tradição, a sabedoria popular, a imprensa, as frases prontas e os clichês nos fizeram acreditar!
Os textos anteriores ficarão em três pastas: "Vamos aos Fatos", "Deixe o Cara" e "Atualidades". Sugiro ler os artigos a partir do primeiro; e à noite tem mais clima!
A intenção é lançar o tema para discussão. E a discussão pode ficar bastante interessante. A vantagem é que daí, pessoalmente não precisaremos falar nada sério. Espero que gostem, comentem sobre o tema, curtam, acrescentem, discordem, expliquem melhor, coloquem reflexões, frases... e indiquem aos amigos para que façamos um grupo aberto pensante.
PENSAR MAIS, ACREDITAR MENOS!
Divirtam-se, Carlos Nigro

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Parte 2 - “A Indústria Cultural manipula o povo.” Você acredita mesmo nisso?




Como fazer para as pessoas serem mais cultas, críticas, autônomas, livres?

Bem, o mais importante é educação de qualidade, sem ideologias. Conhecimento básico (alfabetização, compreensão de texto, matemática e ciências) para desenvolver um raciocínio lógico e ter um espírito crítico para aprender e compreender geografia, história, filosofia, literatura, artes...
Cultura geral é um ótimo acompanhamento!

Grandes artistas dão muito dinheiro. Artistas populares também dão muito dinheiro. Por isso a resposta é: em vez de os artistas lutarem por dinheiro público, deixe a livre iniciativa lutar por dinheiro!
Diversas formas culturais (música, literatura, cinema...) são selecionadas, interpretadas e popularizadas pela indústria cultural e pelos meios de comunicação para disseminar ao maior público possível e assim ganhar dinheiro.
Num ambiente de livre concorrência e democracia (o Estado deve zelar por isto) não existe um grupo que é dono desta indústria ou dos meios de comunicação. Existem diversas empresas que competem entre si para ter público e assim publicidade e dinheiro.
Os empresários do ramo cultural não são artistas, não criam nada. Não foram eles que criaram o blues, o jazz, o rock, o reggae, o pop, o samba, a bossa nova, a MPB, o axé e o funk carioca. Eles querem ganhar dinheiro com a cultura. Para isso precisam freqüentar vários ambientes culturais do Brasil e do mundo num trabalho árduo e meticuloso, de garimpo, para detectar novas tendências artísticas ou de moda com boa qualidade artística e/ou boa viabilidade comercial (leia-se o que as pessoas querem consumir). Descoberta, então será desenvolvida a melhor estratégia para comercializar e ganhar dinheiro.
As empresas de comunicação precisam estar atentas a estas novidades para difundir e tentar vender para as pessoas do país ou do mundo. Se as pessoas  gostarem, consumirão e será possível ganhar muito dinheiro.
As empresas mais competentes para descobrir artistas de qualidade e/ou o que as pessoas estão gostando terão êxito, sucesso, dinheiro!
O risco do investimento será da indústria cultural e da mídia que muitas vezes terão prejuízo, pois o que pensavam ser sucesso comercial poderá ter pouca aceitação ou ter um sucesso fugaz e, assim, perder dinheiro.
A cultura dá dinheiro e gera impostos. O Estado ganha dinheiro com a cultura!
O investimento privado visa o consumo de produtos culturais de qualidade porque são os mais rentáveis, logo, as pessoas terão mais cultura. O poder é de todas as pessoas livres para escolher e consumir cultura (livros, música, teatro, dança, pintura, capoeira). Para dar lucro as pessoas precisam ter mais cultura. O oposto do incentivo estatal que é dirigido para os artistas, para a produção cultural; não para o consumo de cultura, por isso não serve para deixar as pessoas mais cultas.
Se patrocínio estatal gerasse qualidade, nosso cinema seria uma maravilha. Os filmes com as melhores bilheterias foram feitos com dinheiro privado e respeitando as leis de mercado. A melhor lei de incentivo à produção cultural é nenhuma. Se os empresários não vêem público para um evento cultural porque o governo vê?
Os artistas mais queridos e/ou competentes são a matéria-prima, são ouro para as empresas culturais que vivem disso.
As empresas lutam pelos melhores para oferecer produtos de arte para as pessoas. Elas escolhem o artista ou a manifestação artística que quiserem, pelo motivo que quiserem e então pagam por ela. O artista agradece a seu público que prestigia, paga e consome a sua arte.
Quanto mais público, mais publicidade, mais dinheiro. Quanto melhor a qualidade do artista, mais empresas interessadas em associar sua marca a ele.
A cultura é autêntica, popular e consumida.
“Mas muitas pessoas não querem nada disso.”
 É proibido não querer cultura?
Muitas pessoas com dinheiro e estudo não gostam de ler, cinema, museu, música, e daí? Deixem-naselas fazerem o que quiserem; elas podem gostar de passear, de novela, de futebol, de filhos, de idosos, de praia, de dormir... Parem de se intrometer, vão cuidar de suas vidas.
“São alienados!”
A vida é delas e elas não precisam e não querem que você, os artistas ou os burocratas os obriguem a fazer o que não querem. E alienados, é uma opinião sua, eles e outros mais cultos também podem considerar muitos artistas idolatrados uns alienados.
As outras pessoas são como nós (elitistas, não fiquem bravos, nem magoados se os comparo ao povo). Elas também se irritam e não gostam de ver, ler, ouvir coisas que as desagradem; por isso procuram a arte que lhes agradam e os meios de comunicação com ideias políticas e econômicas alinhadas com o que pensam.

“Então ficamos dependentes apenas da indústria cultural?”
Não. O Estado tem uma função importantíssima e os próprios artistas também...

LEIA TAMBÉM: Parte 1 - Leis de incentivo à cultura.
                            Maria Bethãnia vai captar R$ 1,3 milhão para seu blog.

2 comentários:

  1. Angélica Pellegrino29 de maio de 2011 às 14:05

    Carlos pergunta: "Como fazer para as pessoas serem mais cultas, críticas, autônomas, livres?"

    R.: Só tem uma resposta, que é primordial, fundamental e que a partir disso, reajusta todo o resto da sociedade e suas instituições em geral. Principalmente a instituição cultural!

    FAMÍLIA.

    Educação familiar. Orientação de nubentes, orientação de pais (pré o pós parto) para que eles tenham condições de formar o CARÁTER do filho. E que esse filho cresça em estatura e moral.
    Isso gera uma sequencia de fatos. As interligações a partir disso são infinitas e constantes.
    Se os pais não tem condições e nem preparo para formar, orientar e conduzir bem seus filhos, isso gera o que vemos por aí, principalmente no universo político e cultural. Aberrações em cima de aberrações e políticos politiqueiros que manipulam ao bel-prazer tudo e todos, sempre dentro de interesses pessoais.
    O resto é apenas constatação.
    Vemos! Se temos provas ou não de atos falsos e falhos, o segundo passo é saber se vale a pena e se temos condições de reajustar os fatos.
    Não seria melhor reajustar a raiz?

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  2. Gravadoras garimpam novos talentos na WEB.
    Lançam um single e se a acolhida for boa, partem para um disco completo.
    Atualmente 20% de suas DESCOBERTAS são assim:
    http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/ouvidos-digitais-como-as-gravadoras-garimpam-talentos-na-internet

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